terça-feira, 3 de agosto de 2010

É o que tem pra hoje!

O que tem pra hoje, não é nada atraente, nada muito elaborado. Somente me deu uma forte vontade de escrever...bom, mentira, na verdade é que estou no trabalho e não muita coisa pra fazer e eu já estou quase estourando a minha cota! É, aqui onde eu trabalho tem uma cota para uso da internet.
Mas, vou falar do vício que se tornou os sites de compra. Pelo menos aqui no meu trabalho virou febre. O povo não se controla, todo o dia rola aquela fissura de entrar para ver qual é a promoção do dia. E imprimi boleto pra cá, liga pra marcar de lá e assim vai. E cada dia que passa surge um novo, é realmente impressionante esses sites de compra. Seja, no Rio ou em Salvador, qualquer lugar do Brasil você pode comprar através de alguns clicks.
E agora tem os de leilões...você não precisa sair de casa para comprar mais nada e melhor a compra pode ser efetuada muito abaixo do preço de mercado. Exemplo: o que te custaria em uma loja R$ 500,00 no site o sujeito pode estar levando”papo de vendedor” por R$ 0,98 centavos, não é incrível?!?!?!
E particularmente acho o melhor de tudo se você indicar um amigo você ganha bônus, ou seja, a sua compra pode sair de graça! Ô maravilha!!! Agora, todos aqui não querem outra vida. Só lamentamos por não podermos ficar tanto tempo vendo as mais diversas promoções desses maravilhosos sites, pois a nossa cota não nos permite ser feliz!!!
A realidade é cruel e o trabalho às vezes nos chama. Esse universo de compras já saiu em várias mídias, mas, para você que é desligado vou te dar mais uma chance de encontrar a porta da felicidade!!! Isso parece papo de consumista e isso não sou nem um pouco, só acho bacana, poder ter acesso a coisas tão caras com mega desconto. Comidas, bebidas, passeios, viagens, eletrodomésticos e assim vai...

Como sou mega camarada ta aí a relação de alguns desses sites:

Os dados foram levantados em 19 de julho de 2010

Peixe Urbano - Pioneiro no Brasil, atua em várias cidades.
Clickon - Atua em diversas cidades
Coletivar - Atua apenas em São Paulo
Ofertadia - Atua apenas em São Paulo
Wego - Atua apenas em São Paulo
Clubeurbano - Atua em várias cidades
Ofertaunica - Atua somente em São Paulo
Imperdível - Atua em várias cidades
Agrupe - Atua somente em São Paulo
Ofertax - Atua apenas no Rio de Janeiro
Cupomvcvai - Atua somente na Cidade de Campinas, SP
Citybest - Atua em diversas cidades
Zipme - Site agregador, que reúne todos os sites de compra coletiva e mostra todas as ofertas do dia, por cidade
Arrematenoclick –site de arremates online

Tudo é só colocar www. tananann.com.br

O que q o ócio não é capaz de fazer com a vida de uma pessoa!?!?!?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Falando Sério

Confesso que sinto frio a noite, mesmo quando faz calor. Que sinto sua falta, mesmo quando está presente. Confesso que tomei raiva de imobiliária e penso seriamente em invadir um prédio em construção e engrossar as fileiras dos sem-teto. Com os preços dos aluguéis e falta de apartamentos "reais" (baratos, bons e bonitos) os sem-teto terão muitas afiliações.
Confesso que estou ansioso para o meu casamento. Confesso que adoro confessar as coisas.

A semana ainda está pela metade e as coisas continuam rolando como se fosse segunda-feira. Novidades boas: minha mãe está me ajudando a encontrar um apartamento e se prontificou a me ajudar na festa do casamento. Pode não parecer muito, mas para mim é muito!
O estágio continua me acordando às 4h30 da manhã para estar lá às 6h. Não param de lançar navios, pegar empréstimos e fechar contratos. Tenham pena de quem faz clipping. Fiquem um tempo sem fazer nada noticiável.
A faculdade está quase terminando. O semestre e o curso. Até o fim do ano pretendo me chamar jornalista. E ter um emprego também. Se formar sem trabalho não rola. Até agora só notas boas e elogios. Pena que ainda tem uma matéria que me preocupa.
Estou sem saco para fazer humor ou ser crítico. Quero apenas escrever? Leiam mesmo assim, tá?

E o caso do goleiro Bruno? Para mim culpado até prova em contrária, mas... Será que em ano de eleição alguém finalmente terá punição? O Ficha Limpa está a toda. As eleições começaram ontem e as multas por propaganda antecipada já rolam a tempos... Viram os patrimônios dos candidatos à presidência?
Enquanto isso, notícia diz que para quitar contas em junho salário mínimo deveria ser mais de dois mil reais. Mas, como diria o professor Raimundo. E o salário, ó...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Falando Sério

Por Matheus Zanon 

“É só pensar em coisa boa que a gente voa. Pense numa coisa bem linda”, Alexandre Rajão,14 .  
ASSASSINADO no dia 20 de junho de 2010


Mais uma vez parei para ler os jornais. E me choquei. Como pode? Confesso que não consegui me conter e tive que usar a manga da blusa para secar os olhos. São em horas como essa que passam um filme na cabeça, de toda a vida, de tudo que passou. E uma voz incomôda, talvez a da consciência, talvez a do medo, diz: podia ter sido você.
Ainda custo a acreditar que uma barbáridade como está aconteceu. Três jovens, de 22 e 23 anos, espancaram e estrangularam uma criança de 14 anos. Os jornais apontam que o menino, chamado Alexandre Rajão, era gay. Não importa. Podia ser tudo, mas nada justifica a agressão e o assassinato de um jovem que começava a viver.
Rodei jornais buscando alguma explicação para o crime. E me deparei com a frase que abre esse post. Já a tinha lido na página do Orkut de Alexandre, mas não tinha dado muita importância para ela. É só pensar em coisa boa que a gente voa. Pense numa coisa bem linda”. Desculpe Alexandre, nesse momento não consigo pensar. Só consegue pairar no meu coração uma raiva indignada por mais um (e que não seja no sentido perjorativo da expressão) vítima do ódio irracional de pessoas que não querem saber.
Muito já se falou sobre o crime, muito já se falou sobre homofobia, que pode ser a causa do crime. Meu recado talvez vá para as mães, para aqueles que insistem em dizer que é pecado e que vamos para o inferno. Talvez seja só um recado pra mim mesmo.

Não imagino a dor de se perder um filho. Não tenho um e talvez nunca venha a ter. Mais imagino a dor de um filho que luta todos os dias contra si mesmo e contra a sociedade. Imagino a dor de ouvir diariamente que vou para o inferno, que tenho que aceitar Jesus e estarei curado. Mas, obrigado. Não necessito ser curado. Também não faço questão de ir para o céu se lá só entra quem está de acordo com os critérios de Vossas Senhorias.
Ser gay não é transar com pessoas do mesmo sexo. Ser gay é amar e ter medo. Muito mais ter medo do que amar. Medo de andar na rua e ser espancado. Medo de amar e não ser correspondido, ou então ser exposto. Medo de não ser amado pelos pais, amigos, professores, familiares, e o resto da sociedade que não se conhece. Ser gay é acordar todo o dia tendo a certeza que o dia vai ser um pouco mais difícil do que já é a vida de todo mundo. Ser gay é ser uma maioria minoritária. É ser marginalizado, taxado de promíscuo, ser proibido de doar sangue e de dar as mãos e trocar beijos em público. Ser gay é chegar em casa e ter no seu travesseiro a única confiança. Ser gay é difícil.
Pais, mães, irmãos... Não julguem. Não critiquem. Só abram os braços e deixem-se amar. Um dia, quem sabe, não é o seu filho que será amparado por um anjo. E nesse dia será tarde demais para dizer: Eu te amo. Acreditem. Muitas das vezes é só isso que seu filho quer. Não interessa se ele é gay ou não. Não perca seu tempo recriminando, quando muitas vezes o amor pode mudar tudo. Deixe seu filho, irmão, amigo, saber que pode contar com você. Você é a única pessoa que ele tem.
Eu aprendi a enfrentar o mundo e conquistar o respeito dos meus pares. Mas antes disso tentei me matar, fugir, fazer as pessoas me odiarem, me odiar... Muitos não conseguem chegar a fase de se respeitar. Afinal, ser gay é muito difícil.
E os pastores ainda pregam nas igrejas que ser gay é pecado, que vamos todos para o inferno e lutam pelo retrocesso nos direitos civis para os homossexuais. Mas acolhem em seus braços assassinos que se dizem arrependidos e para eles prometem um lugar no céu. Pastores, quem é o pecador? Aquele que peca por amar demais ou aquele que peca pelo ódio? Eu sei minha resposta. Basta vocês procurarem a de vocês.

Para fechar, reproduzo o depoimento da mãe de Alexandre. Uma mãe como a nossa, mãe de um filho como o seu.
'Mataram uma criança’

Eu só quero justiça. Mataram uma criança de forma brutal. Meu filho só tinha tamanho, na verdade ele era uma criança grande e doce. Queria ficar frente a frente com esses assassinos para saber por que fizeram isso com ele. A dor que estou sentindo é inexplicável. A pessoa que comete um crime tão brutal quanto esse não tem idéia da dor que causa em uma mãe. O momento mais difícil foi o de reconhecer o meu filho que estava com o rosto completamente desfigurado. Estou me sentindo só.Entrar em casa e ver as coisas do meu filho no quarto me causa muita revolta. Ele era um ótimo filho que acreditava no amanhã. Todos os dias me pagava no colo, me beijava e dizia que me amava. Ele queria ser engenheiro. Esses assassinos me privaram de ser amada. Nunca tive notícias de que meu filho tenha se envolvido em brigas, até porque ele não saberia se defender.
Quando imagino que meu filho foi espancado e não teve a menor chance de defesa, isso me revolta. As pessoas precisam ser livres, independente de usarem verde, amarelo ou vermelho. Pessoas preconceituosas precisam ser banidas da sociedade. Não sabia da existência desse grupo assassino em São Gonçalo. A gente sempre acha que uma violência como essa nunca vai nos atingir, até que nos vemos em meio a ela. Meu filho não tinha preconceitos. Ele tinha apenas amor no coração. Quando pequeno, participava da igreja católica, mas, ultimamente, acompanhava o tio na igreja evangélica. Tenho certeza que ele está nos braços de Deus e aqui na terra vou lutar para que a justiça seja feita”.
Angélica Vidal Ivo, 40, mãe de Alexandre 

Leiam mais em: Homofobia já era
                        Carlos Lima

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Calabresa Neles!

Giulia Gomes



Ficar de cama é um saco! Mas, alguns dias doente faz qualquer um pensar um pouquinho... sair da grande roda e olhar para os lados... e, cá pra nós, não importa a falta de inspiração para o “Calabresa Neles” – O Jornal Nacional de cada dia é um prato cheio de questionamentos e reclamações antes esquecidas.


Hoje faz 8 anos que o jornalista Tim Lopes foi brutalmente assassinado. Isso ficou claro para todo mundo! Feira de serviços gratuitos organizada pela irmã dele para ajudar pessoas menos favorecidas. Pouco se falou sobre o único preso pelo crime... O cara foi solto depois de cumprir UM SEXTO da pena. Saiu pela porta da frente para cumprir regime semi-aberto!! E agora é foragido da justiça... recompensa de 2 mil reais pela captura! Veja que ironia do destino... Não tem nada a ser questionado aí? Fato isolado? Surpreendente?? NÃO!
Outras notícias do jornal... uma reprise de fatos esperados sob o disfarce do ineditismo do mercado jornalístico:

- Um político em cargo importante negando acusações comprovadas de corrupção e fazendo uso de privilégios até ser esquecido pela pequena parcela da população que decide se expressar contra isso.

- Mortes de inocentes causadas por uma guerra “qualquer” entre países subdesenvolvidos de nomes às vezes impronunciáveis.

- Um jogador de futebol supervalorizado arruma confusão e tem que prestar contas com órgãos oficiais cujas sedes estarão repletas de fãs loucos querendo um autógrafo. (número maior do que o de ativistas na porta dos órgão oficiais supracitados)

Logo depois, pico de audiência, a novela das oito com Mariana Ximenes fazendo cenas sexuais com Tony Ramos e Reynaldo Gianecchini. E, todo o resto foi esquecido... até a próxima catástrofe que virará notícia.


No livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” li uma frase interessante.
O personagem principal cita um conhecido cujo caráter impecável lhe servia de exemplo de bom cidadão. Em certa ocasião, pegou o tal sujeito mentindo. Como justificativa o tal sujeito lhe disse: “- A veracidade absoluta era incompatível com um estado social adiantado. E a paz das cidades só se pode obter à custa de embaçadelas recíprocas...”

Machado de Assis escreveu isso em 1880!! Será possível que nada mudou?

As notícias deveriam nos fazer pensar em como prever situações! Não devemos contar aniversário de mortes enquanto tudo continua igualmente perigoso. Não devemos aguardar a próxima enchente para contar os mortos e cobrar soluções. Não precisamos de justificativas para fazer algo!
Abaixo às embaçadelas recíprocas!


http://vivereperigosoriera.blogspot.com/

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Falando Sério

Às vezes é bom olhar no e-mail e encontrar coisas que nem lembrava. Hoje, achei uma crônica que compartilho com vocês.

Um conto quase de fadas

Era uma vez, como em todo conto de fadas que se preze, um belo príncipe. Um príncipe daqueles, filho de reis, dono de castelos e cavalos brancos, trajando uma armadura e carregando uma espada cravejada de brilhantes. Daqueles que passavam na rua e faziam com que as donzelas se jogassem no chão para que seu cavalo pudesse ter um trotar suave.

Era mais um príncipe em busca de sua Cinderela, Rapunzel, Bela Adormecida, Branca de Neve... Afinal, príncipe que é príncipe não se apaixona pela princesa, e sim pelo desafio de encontrá-la. De percorrer terras longínquas, lutar contra bruxas e maçãs envenenadas e correr do fogo do dragão para, em um ímpeto de coragem, cortar sua garganta e no fim da “festa”, ganhar um beijo da princesa. Pois bem, assim era nosso príncipe Henrique.

Há anos percorria diversos reinos, procurando saber de alguma princesa que tivesse sido seqüestrada ou envenenada por uma bruxa, mas não teve nenhum sucesso. Naquele início de noite o cansaço já lhe trazia desânimo, quando decidiu parar a busca e voltar para seu castelo. Mas esse não seria um fim de dia como os outros.

O castelo se encontrava a poucos metros quando encontrou uma bela dama se banhando no rio. A lua iluminava sua pele clara e os animais paravam a sua volta para ouvir seu canto. Encantado, Henrique deu sua busca por concluída. Ali estava sua princesa. A mulher que seria mãe de seus filhos, que esquentaria sua cama por todas as noites. Decidiu que não perderia a oportunidade, e que iria falar com ela. Pedi-la em casamento, levá-la para seu reino e apresentá-la a família.

-Hei, você aí? – Chamou ele. E a menina olhou assustada, encarando o príncipe.

-Chama-me senhor? – Seus olhos já não mais conseguiam olhá-lo nos olhos após ver sua coroa.

-Gostaria de ser minha esposa? De partilhar meus tesouros e minhas tristezas? De ser princesa?

-Meu príncipe... Não sou de família real. Sou apenas uma aldeã e jamais poderás me amar. Nosso amor é proibido.

-Já a amo desde que a vi. E não há nesse mundo dinheiro que possa nos impedir de ficar juntos.

-Há noites que me banho nesse rio esperando o senhor me notar. Já quase perdia a esperança, quando esta noite, ouvi os trotes do seu cavalo e resolvi tentar mais uma vez conquistar seu amor. E veja que Deus foi generoso comigo e deu-me o seu amor.

-Pois, então, o que esperas? Saia e venha comigo para o castelo. Vamos anunciar o casamento a todos do reino.

E assim foi. O príncipe casou-se com a plebéia apesar de protestos acerca de sua conquista tão fácil. Estaria ele desonrando as linhagens reais. Os primeiros dias do casamento foram formidáveis. Aquela era realmente a mulher de sua vida. Mas como todo casamento... A ex-plebéia apaixonada, era agora uma princesa insuportável. Suas crises de TPM deixavam o príncipe em um sofá frio, muito diferente da cama quente que imaginara. E todo dia uma nova dor de cabeça acometia a princesa. E os filhos não vieram. Até que finalmente a princesa pediu o divórcio. Levou metade dos bens do príncipe e desonrou seu nome fugindo com o cocheiro. E há quem diga que esse romance já precedia o casamento, e que a plebéia apenas dera um golpe do baú...

terça-feira, 11 de maio de 2010

É o que tem pra Hoje!!!

É eu sei, hoje não é o meu dia. Mas, é perdoável, pois ninguém tem sido muito assíduo por aqui. O que eu vim fazer aqui hoje, não foi falar mal dos membros desse blog, poderia, mas, não falarei. Então, começarei com a minha grande frustração do dia. O fechamento da casa de espetáculo Canecão. Por que eu estou frustrada?! Porque eu ganhei dois ingressos para assistir ao show do George Israel e uma penca de convidados maneiríssimos e não vai mais ter. Sentiu o drama? E o prefeito Eduardo Paes lamentou o fechamento do Canecão “se ele lamentou imagine eu” que ocorreu por determinação da Justiça em uma ação movida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que se diz detentora do terreno. Segundo Paes “essa é uma casa muito tradicional. A cidade precisa destes equipamentos. Na minha opinião, a UFRJ deveria licitar o Canecão, se fosse o caso, porque ele é viável economicamente”. Caraca, logo hoje, no dia em que eu iria, e ainda por cima bem acompanhada. Sem comentários. “Alegria de pobre dura pouco”. “Quando a esmola é de mais o santo desconfia”.
Mudando totalmente de assunto nosso querido presidente é totalmente...ente fora do mundo real, né? “Ele falou em emprestar dinheiro à Grecia. Se temos dinheiro sobrando, por que o povo não tem saúde, educação, moradia e segurança de qualidade? Parece que ele mora em outro continente”. Trecho que retirei do globo online. Muito bom isso. Cada uma que a gente tem que ouvir.
E uma coisa que estou me coçando, não ia falar de esporte, mas não estou agüentando preciso desabafar. Hoje saiu a convocação para a copa de 2010. Dunga perdeu a noção, ta pior do que o Lula. Gente, to chocada com esse time, claro posso estar super errada, de repente esse elenco seja campeão e cale a minha boca. Mas, por que Kleberson, Josué, Gomes, Doni. Por que ele não levou o goleiro do Grêmio, o Vitor. O próprio Ganso, do Santos...que pelos jogos que tem feito, vem mostrando muita maturidade, e o moleque só tem 21 anos. Vou demorar algum tempo para digerir este time. Precisava desabafar, tava guardando tudo, desde das 13h quando tive esta péssima notícia, não pude desabafar com ninguém, pois, estou no trabalho, trabalhando muito, muito, por sinal e as minhas chefes não gostam de futebol.
Frustração é o que tem pra hoje!!! Essa foi a palavra do dia. Show que não vai mais ter, convocação equivocada, Presidente sem noção. Encontro desmarcado!!! Ô vidinha ingrata!!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Calabresa Neles!

Giulia Gomes

Eu sou uma pessoa muito pacífica! Vejo beleza em tudo, quase não reclamo e só quero o bem para as pessoas ao meu redor. (rsrs)
Mas, tem horas na vida que todo mundo cansa...
Tem pessoas no mundo que até Dalai Lama e Gandhi enfiariam a mão se tivessem oportunidade.
Advogada torturando criancinha orfã, religioso comparando pedofilia à homossexualidade, prefeito distribuindo vale aluguel de R$400,00 para quem perdeu tudo, homem colocando corpo de ex-mulher numa mala depois de esfaquiá-la, políticos corruptos flagrados saindo impunes e mantendo seus cargos, policiais assassinos em liberdade, pessoas que se dizem amigos, traição, ter que votar no melhorzinho entre os piores para governar meu país... tem mesmo muita coisa revoltante no mundo...

Imagina como seria se todos resolvessem fazer justiça com as próprias mãos?

Eu achava que a frase “vingança é um prato que se come frio” era só uma anestesia social para promover a paz e incitar a espera eterna pelo castigo divino.

Mas, não é que gelado é bem melhor??!!
Principalmente quando não vem das suas mãos o castigo de quem te feriu.

É verdade que vivemos num mundo no qual o crime compensa. E raras são as vezes que alguém realmente paga pelo que fez. Ainda assim, nada é mais revigorante do que a mente tranqüila e as mãos limpas. O gosto de fruta mordida da vingança só é completo quando não vem com o sangue nas mãos. Estar feliz é a melhor vingança. Não se envenene com o desejo de enfiar um soco em alguém. Uma hora essa pessoa aparecerá de olho roxo.

domingo, 25 de abril de 2010

Conversa Fiada

"Eu quero mais é me abrir e que essa vida entre assim, como se fosse o sol desvirginando a madrugada"


Windows microsoft word. Novo documento de texto. A página em branco se abre na tela. O cursor pisca uma; pisca duas; pisca três vezes. Infinitas vezes pisca o cursor a espera das palavras.
Na cabeça, mil ideias pipocando, mil vozes falando, mil sons ecoando. Respiro fundo, posiciono os dedos sobre o teclado e espero. Espero até que meus dedos sejam fisgados pelas ideias, em meio à tormenta que assola o mar dos meus pensamentos.
Fecho os olhos e procuro a paz como um cão faminto procura algo que lhe saceie esta mesma fome que mata, que perturba, que enlouquece. Eu tenho fome. Fome de paz, fome de mim. Quero me encontrar em algum canto escuro da minha mente para poder aplacar esta mesma fome que me mata, me perturba, me enlouquece.
Eu tenho fome. Fome de paz, fome de mim.


Preciso de uma informação. Alguém sabe como chegar ao sucesso e à felicidade? E à satisfação, pura e simples, síntese de todo o resto? "Pega o primeiro retorno à sua direita e vire na terceira rua à esquerda. E vê se não erra, para não ter que fazer tudo de novo."
Quem dera fosse simples assim.
Descobri que estou no curso errado - pelo menos acho que descobri -, mas também não sei qual é o certo. Estou no jornalismo desde 2007. De lá para cá, tranquei um período, em outro fiz poucas matérias, para conciliar com o curso de museologia - que larguei por completa imaturidade, para não dizer idiotice -, por último, transferi para a universidade onde estudo atualmente que, gentilmente, me "roubou" dois terços das matérias que havia cursado até então.
Hoje, depois de três anos de curso, ainda estou no terceiro período, à procura do primeiro estágio e desiludida com as escolhas que me trouxeram aonde estou. Tenho pensado em trancar a faculdade por mais um período. Trabalhar, fazer uns cursos diferentes, começar a fotografar, viajar...
Minha prima acha que essas coisas não vão me levar a lugar nenhum - mas se eu não sei para onde estou indo, como vou chegar a algum lugar? Meus pais acham que já está mais do que na hora de começar a ganhar meu próprio dinheiro e querem que eu passe em algum concurso público. Eu acho que preciso fazer isso. Para me conhecer melhor, rever certas coisas, expandir meus horizontes ou só para dizer que fui até o fim com alguma coisa que quis fazer.
Não sei até que ponto essas minhas ideias são genuínas e a partir de onde elas se tornam meras influências hollywoodianas provocadas por uma vida de pouco estudo e muitas tardes de pipoca com guaraná.
Não sei até que ponto realmente vou me conhecer com isso e a partir de onde essas ideias, colocadas em prática, representarão mero desvio na minha estrada profissional.
Preciso de uma informação. Alguém pode me indicar um bom terapêuta?



--> Música da semana: Não dá mais pra segurar - Gonzaguinha

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Conversa Fiada

"E que é preciso, mais que nunca, prosseguir"


Quando paro para olhar para trás - algo que tenho feito bastante ultimamente - percebo que a Lívia que um dia eu fui se perdeu em algum lugar no tempo. Tenho a impressão de que, pelo caminho, a menina cheia de utopias, que queria conhecer o mundo e mudar nele o que houvesse de errado tomou decisões diferentes das minhas e seguiu por outra estrada.
Se a Lívia de 15 anos visse hoje a de 21, certamente não a reconheceria. Aquela primeira, de alguns anos atrás, jamais debruçaria à janela para ver a banda passar à espera de que a vida a alcançasse, de repente, trazendo-lhe tudo aquilo pelo que anseia. A atual, porém, desiste da luta antes mesmo de subir ao ringue pelo simples medo da derrota.
Ao ver uma amiga entregue à mesma inércia em que me encontro, sou capaz de oferecer conselhos e fazer críticas com a voz da experiência de uma senhora que conquistou tudo pelo que lutou. Jesus disse certa vez aos seus discípulos - e é bem verdade - que é mais fácil ver a farpa nos olhos do próximo do que perceber a trave que cega os nossos.
"Ela fica esperando que a vida lhe dê tudo de mão beijada."
...
De repente, com uma clareza ofuscante, me vejo debruçada sobre um parapeito, ao lado da tal amiga, observando a vida, que desfila alegre diante de nós que permanecemos apenas observando, por não sabermos dançar conforme a música.
No meio da multidão reconheço aquela Lívia de uns anos atrás que, dançando, me convida a seguir com ela. E eu vou. Um pouco tímida, pois sempre me faltou uma certa maleabilidade, um pouco de ritmo.
Será que um dia eu acerto os passos?


--> Música da semana: Diga lá, coração - Gonzaguinha

quinta-feira, 15 de abril de 2010

É o que tem pra hoje!!!

Não pense que "É o que tem pra hoje" tomou o lugar de "Prorrogação", não. O que aconteceu foi o seguinte...pensei bem, e achei melhor falar de coisas variadas e isso não quer dizer que não irei falar nunca mais de esporte,...só expandi meus horizontes. E essa nova coluna, escrita por essa jovem aprendiz de jornalista, será só mais um canal para nos comunicarmos sobre os mais diversos assuntos. Antes, ficávamos restringidos ao esporte e agora é o que tem para hoje, ou seja, tudo sobre tudo ou sobre o nada!!! Depende do dia!!! As vezes tem, as vezes não tem!!! Espero que gostem do cardápio.

E pra hoje tem...nada! Já havia falado sobre isso no parágrafo de cima, tem dias que tem e tem dias que não tem. Fiquei tão entusiasmada em escrever algo diferente por aqui que acabei não pensando em nada, além do título. Que, humildemente...ente achei bem legal!!! Mas, na semana que vem...pois até lá acho que consigo pensar em algo a mais, além do título. Já que o título já tenho.

Ah, é bom estar livre para jogar seus pensamentos sem precisar falar sobre determinado assunto. Sem entender a fundo sobre tudo. Aqui eu também aceito sugestões. Sei lá, dá uma ideia, que eu escrevo sobre. "Fica a dica".

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Calabresa Neles!

Giulia Gomes


“Depois do Tsunami ninguém culpou o governo da Indonésia!” – essa foi uma das pérolas que “nosso”querido prefeito Jorge Roberto Silveira disse em entrevista. Dadas as diferentes catástrofes naturais, não é certo, muito menos para o responsável, ignorar a arraigada tradição de construções irregulares em morros e a ligação disso com o tamanho do desastre. Politicagem?

As famílias mortas no Morro do Bumba pagavam impostos, luz e tinham asfalto. Sacos de tijolos como presentinhos de campanha geram mais uma laje, um puxadinho. Agrado imediato aos prováveis eleitores. Ações meramente paliativas para passar o problema junto com o mandato.

Não é certo!

Mas, o que é certo?

Esse desastre em Niterói e os dias de pânico que sucederam mostraram muitas feridas da nossa sociedade como um todo. Foi um espetáculo de “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Choveram intenções, frágeis como os barrancos irregulares.

Todos conhecem alguém que perdeu tudo, geralmente os “trabalhadores” dos lugares que freqüentam. A princípio, a cidade se comoveu e todos ficaram de luto e mobilizados. Todo dia na TV, centrais de donativos lotadas. Foi uma semana de solidariedade intensa, junto com o luto oficial, bandeiras a meio mastro e minutos de silêncio respeitosos pelas vítimas. Agora que a vida voltou ao normal e os noticiários não são tão freqüentes, a mobilização ficou por conta de poucos gatos pingados conscientes de que as pessoas continuam desabrigadas e a comida não dura para sempre.

Nas redes sociais na internet o que não faltavam eram perguntas preguiçosas.
- Que horas os abrigos aceitam visitas?
- Recebem donativos no domingo? Não né??!!

Muitas vezes, a gente quer ajudar, mas não sabe como. Aí fica adiando a busca por informações até a consciência ficar tranqüila e se ocupar com outras coisas “mais urgentes”. O que eu vi de gente falando muito e fazendo nada! Sempre mostrando a intenção de ajudar, mas deixando para amanhã.

- Você é voluntária??
- Sou!
- Maneiríssimo!
- Por que você também não é?
- Estou muuuuito ocupado!

Eu tive a felicidade de conseguir quebrar essas barreiras do adiamento e meter a cara. Primeiro fui num colégio público no Cubango que estava abrigando cerca de 200 pessoas, 50 delas eram crianças. Não fazia idéia do que fazer! Cheguei na hora do almoço! Um vizinho meu me apresentou a uma garotinha de uns 4 anos. Ele fez uma brincadeira com ela, ela sorriu e pulou no meu colo. Parei de pensar. Quando vi estava dando comida, ajudando a escovar os dentes, reunindo as crianças para pintar e brincar. Cada sorriso mais lindo que o outro! Uns mais arredios, outros extremamente dados! Me apaixonei.



Apesar de bater uma raivinha das pessoas que falam e não fazem, me lembro que fui uma delas há pouquíssimos dias. E o rancor dá lugar a pena! Pena por essas pessoas não poderem usufruir da felicidade que agora faz parte da minha vida.

Atitudes pequenas, como correr atrás de caixas de papelão e montá-las para cestas básicas. Ou sentar no chão e separar roupas doadas por gênero e idade para facilitar a distribuição. Arrumar transporte para que os donativos cheguem ao destino. Coisas pequenas! Coisas enormes!




Continuem doando! As pessoas não deixaram de precisar porque você voltou a ficar ocupado demais.
E deixo por aqui os seguintes questionamentos: Onde mais de 10 mil pessoas desabrigadas vão encontrar casas para alugar por um “vale aluguel” de 400 reais?
Como impedir que as pessoas retornem às suas casas condenadas já que não tem para onde ir? Como evitar a revolta dessa massa de trabalhadores sem assistência e esperança?

Aguardamos os próximos comunicados do Senhor Jorge Roberto Silveira...
Ou o próximo Tsunami.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Conversa Fiada

"Um mais um é sempre mais que dois"


Minha mãe tem uma amiga chamada Maria, que é faxineira no tribunal onde ela trabalha.

Maria morava no Morro do Bumba.

Maria não perdeu a vida, não perdeu familiares, filhos, bichinhos de estimação. Perdeu amigos, vizinhos, a casa, a esperança, a alegria de viver.

Além de aproximadamente 200 pessoas, dezenas de casas, igrejas, creches, pizzarias, bares, o deslizamento que ocorreu na semana passada na comunidade do Cubango - praticamente meus vizinhos -, soterrou as esperanças de outras milhares de pessoas. Não só suas esperanças, mas também sua fé, seu suor, vidas inteiras de muito trabalho, materializadas nas casas humildes e pouco mobiliadas que, por falta de opção, foram sendo construídas ao longo dos anos sobre um antigo "lixão", há muito desativado.

Na quarta-feira acordei com minha mãe saindo para o trabalho que, desolada, me disse:

- Tá escutando esse barulho? É um helicóptero. Eles estão passando aos montes desde cedo, além das ambulâncias. O morro que Maria morava deslizou; ela me ligou cedo, aos prantos, para me contar.

Ainda sem saber o que sentir ou pensar, respondi:

- Tsc... Que merda.

E voltei a dormir.

Quando finalmente despertei, liguei na Globo News - ainda com o som dos helicópteros passando, quando em vez - e aí sim pude ver a dimensão da tragédia que, apesar de não atingi-la diretamente, abalou profundamente minha mãe.

Durante todo o dia acompanhei as notícias que eram divulgadas ininterruptamente sobre os deslizamentos que aconteceram não só em Niterói, mas também no Rio, em São Gonçalo e Deus sabe onde mais. Ainda sem saber o que pensar, assistia perplexa ao número de mortos e desabrigados que aumentava a cada bloco dos jornais ou a cada clique do mouse.

À noite, conversando com minha mãe ela me disse para nunca perder nenhuma oportunidade que eu tivesse de fazer o bem a alguém. E explicou: em dezembro de 2008, o grupo espírita que frequentamos recebeu doações excessivas de brinquedos no Natal e acabaram sobrando alguns presentes que ela resolveu dar à Maria - sua amiga do início do texto - para que ela os levasse à sua comunidade, no Morro do Bumba, para distribuir às crianças que ela tanto amava. Foram vinte e cinco brinquedinhos novos que Maria teve a oportunidade de presentear a vinte e cinco crianças e fazer o Natal delas um pouco mais feliz.

Em dezembro do ano passado, quando se aproximava o Natal, Maria perguntou à minha mãe se, mais uma vez, havia sobrado presentes. Infelizmente, em 2009, a fartura não foi tanta. Minha mãe, porém, decidiu doar os brinquedos ela mesma e assim o fez. Mandou para Maria os vinte e cinco presentes, além de material para fazer um bolo e alguns refrigerantes e pediu à sua amiga que reunisse as crianças e cantasse, com elas, parabéns para Jesus. Foram vinte e cinco brinquedinhos novos que Maria teve a oportunidade de presentear a vinte e cinco crianças e fazer o Natal delas um pouco mais feliz.

Na quarta-feira soubemos que para treze dessas vinte e cinco crianças aquele foi o seu último Natal.

Ainda sem saber o que pensar, deixo registrada aqui a minha tristeza. E fica, para quem quiser, o conselho da minha mãe: nunca perca nenhuma oportunidade que tiver de fazer o bem a alguém. Se você não sabe por onde começar, ou quando, ou como, o Canto do Rio precisa de voluntários, doações e muita boavontade - que agora se escreve sem hífen.

A oportunidade está aí, aproveitem.



--> Música da semana: Sal da terra - Beto Guedes

domingo, 11 de abril de 2010

Falando Sério

É impossível ligar a televisão e ouvir as autoridades dizendo que a culpa das mortes devido ao deslizamento sejam culpa dos pobres moradores de favela. É tão comum, e fácil, colocar a culpa na população que não é assistida pelos próprios governos que as culpam pelas mortes que já carregam nas costas.
Falta de tudo - informação, saúde, segurança, saneamento básico... Falta casas e lugar para construí-las. Em cada lugar que passo só vejo construções de prédios com alguns andares e poucos apartamentos por pavimento. O preço? Dez rins e doze pulmões. No caso de Niterói, a vida de pais, filhos, tios, irmãos. Para mim, desconhecidos que morreram em uma tragédia. Mas não deixo de estar de luto. Pelos que morreram nessa tragédia e pelos que, infelizmente, irão morrer nas próximas.
Não adianta só retirar os moradores de sua casa e encaminhá-los a abrigos ou sugerir casa de parentes, ou então construir alguns condômínios de baixa renda longe dos centros de trabalho. É necessário se pensar em moradia. Barata e acessível. Afinal, não é todo patrão que concorda em pagar a passagem para o empregado.
É a vida debaixo da terra, soterrado por impostos em cima de tudo que se precisa comprar. Ou a vida em cima da terra, sem emprego, em um lugar onde nunca irão te olhar. Se já não olham quando estão amontoados em cima de morros sobre as nossas cabeças?
O que nos resta fazer? Discutir, discutir, discutir... E, no fim, encontrar solu
ções.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Calabresa neles!

Mais uma vez começou a contagem progressiva de mortos. Mais uma tragédia amplamente televisionada. Em choque me encosto no sofá, incrédula, diante da TV. Ao vivo, pessoas desesperadas, desabrigadas, desesperançosas. As autoridades pronunciam o óbvio: Se estiverem seguros não saiam de casa, se não estiverem, saiam. Pela primeira vez na história, a calamidade é na minha cidade. Niterói está debaixo de terra. Da minha varanda, segura e protegida, vejo morros desabando e helicópteros passando.
Na TV: Niterói – Ao VIVO.
E a chuva continua.
O jogo começa no Maracanã... Nunca vi um local ser limpo tão rápido! Se as autoridades usassem essa força de vontade toda para ajudar os desabrigados, convencer os moradores de área de risco a abandonar suas casas, trazer suplementos para os abrigos e escolas,.... imagina só! Ta faltando bombeiro em Niterói e nos morros do Rio, mas no Maracanã todos de prontidão para o que pode acontecer durante um jogo que não podia esperar o luto. Na platéia, meia dúzia de gatos pingados que nadaram até o estádio. Depois de 10 segundos de silêncio (suposto um minuto de respeito) e bandeiras a meio mastro, festa e futebol. Realmente! Ajudar os outros para quê se podemos assistir o jogo do Flamengo?!
Boatos de arrastão no centro de Niterói e Icaraí. Será realmente boato? Negado pela polícia, noticiado pela Globo. Ah, então foi só pânico mesmo...
Desespero por todo lado! É um fato que o perigo está nas ruas... nos morros não está mais. São pessoas pobres, desabrigadas, desesperadas. Não são bandidos! São pessoas!
Aqui estou eu, protegida na minha varanda vendo a chuva alagar mais uma vez minha cidade querida. Até agora, não vi declarações de nenhuma autoridade municipal. Afinal, cadê o Jorge Roberto Silveira? No twitter, alguém postou uma verdade: Sérgio Cabral cumpriu o que prometeu: Água e Esgoto na casa de todo mundo do RJ!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Conversa Fiada

"This talk of liberation makes me want to go lie down under the covers 'til the terror of the unknown is gone"


Queria ser como os artistas, que conseguem falar tudo que lhes passa pela cabeça; que quando cantam, recitam, pintam, dançam, escrevem, despem-se de toda armadura que lhes protege até os cantos mais frágeis da alma. Que falam de si e de seus sentimentos sem medo ou remorso, sem esconder nada, sem temer magoar.
Já nem sei quantos textos comecei mentalmente que nunca passei para o papel - ou para a tela do computador, que seja - e que talvez hoje sejam responsáveis pelo meu grito interno de socorro que se faz ouvir estampado em meu rosto, que nunca me deixou esconder nada. Pelo menos não daqueles que me conhecem bem.
Grito pelos sentimentos que não posso externar por medo de ferir pessoas que me são tão queridas e, algumas até, essenciais. Grito pelo desejo de respirar fundo ao nascer do dia e me sentir dona de mim, me sentir livre, me sentir em paz.
Grito pelo desejo de renovar atitudes, renovar cenários, renovar a alma e grito pelo medo do desconhecido que me impede de agir. Grito pela sensação de tempo perdido. Grito por não viver meus "vinte e poucos anos".
Grito pelos mil projetos aos quais quero dar início. Grito por me enrolar só com a ideia desses mil projetos e acabar por não conseguir realizar nenhum. Grito pelo desapontamento que proporciono àqueles que depositam em mim alguma esperança. Grito pelo sentimento de impotência e fracasso.
Grito.
Mas grito para dentro, assim como quem não quer ser ouvido, como quem não quer fazer alarde, chamar atenção, ser percebido. Grito por me sabotar e seguir gritando esse grito mudo que, por não se fazer ouvir estridente e incômodo, me mantém isolada, escondida, entregue à inércia e ao sentimendo de derrota.
Grito pelo desejo de entrar em profunda catarse e pôr pra fora tudo isso que me faz gritar.



--> Música da semana: Fear of bliss - Alanis Morissette

quarta-feira, 31 de março de 2010

Prorrogação!!!

Será que dá pra arrumar um lugarzinho pra ele?

O meia Dario Conca, do Fluminense, em declaração ao site do clube, disse que gostaria de ir à Copa do Mundo pela Argentina, mas que se fosse convocado pela seleção brasileira iria. "Defenderia a seleção sim. É claro que pelo meu sangue ser argentino, sempre sonhei com a seleção do meu país, mas se um dia me chamassem para jogar pela seleção brasileira eu aceitaria, até por tudo o que o Brasil me deu até agora", então, Dunga, tá esperando o quê? Conca é melhor do que Elano, Fulano, e todos os "sons" que costumam ser convocados...Kleberson, Anderson, Robson...
Dá uma chance não pra ele, mas para o meio campo do Brasil ter qualidade.
E não posso deixar de falar na grande final do BBB...mas não é esse BBB que estão acostumados, não. É outro, o do Flamengo ouvi dizer que o lateral esquerdo, Léo Moura, quer ter um dia de DOURADO. Em declaração o lateral falou que "Nada na vida é impossível. Um exemplo é o Dourado, que foi uma vez ao BBB, não ganhou, agora retornou e venceu". "Filosofia pura". To orgulhosa desse menino, só por isso acho que ele merece ir à Copa - brincadeirinha, tem que ir nada, ele é muito instável, tem hora que ele tá excelente, e tem dias que nem vale a pena me estressar com o futebol dele. Na verdade, pra mim se joga mal ou bem, pouco me importa.
Éder Granja que tem que prestar atenção no que anda fazendo, tô de olho nele. Ele fugiu das aulas de levantamento de bola na área...no dia em que ele aprender pode escrever que o Vasco vai melhorar duzentos porcento. Já que comecei a falar do Gigante da Colina, hoje ele enfrenta o desconhecido ASA, que na última partida deu um susto na equipe cruzmaltina. O Vasco só conseguiu sair com um empate de Maceió. E Dodô será titular, só porque conseguiu uma vaguinha no time principal novamente já tá todo se querendo, dando lição de moral e tudo "Temos de estar ligados para não dar sopa ao azar. No jogo de ida eles mostraram que têm um bom time. Mas o Vasco precisa se classificar". É... perde dois pênaltis e agora quer se redimir..."conta outra que essa eu não caio mais". acho bom ele ficar bem caladinho...senão inicio outra campanha no twitter "FORA DODÔ", e já tive resultados positivos.
Bom, deixa eu puxar o meu bonde, pois já prolonguei demais essa conversa.É isso, e estou pensando em iniciar uma outra coluna aqui, o que acham? Não só falar sobre futebol, sabe!?!? Vou falar de coisas aleatórias...do tipo...tá quente hoje,né?...Nada como uma curva pra quebrar a rotina de uma estrada reta, haja hoje para tanto ontem. Coisas desse tipo!

terça-feira, 30 de março de 2010

Calabresa Neles!

Niterói, 18 horas, décimo sexto andar.
Chego em casa exausta! Luzes apagadas, a porta da varanda escancarada. Uma claridade estranha vinda lá de fora invade a casa. Costumava ser a lua cheia...
A uma rua de distancia um outro prédio. Olhando para frente vejo mundos paralelos. Uma criança, sozinha, brinca no silêncio de seu quarto. Na janela seguinte, um casal discute. Alguns quadradinhos para baixo, um cachorro late para o dono. A vista da minha varanda costumava ser linda! Agora. Prédio.
Me jogo no sofá como quem precisa esquecer o dia. Desligar. Esqueço os mundos paralelos que se apresentam na minha frente. Desligo.
O som alto e irritante das buzinas dos carros lá embaixo atinge meus ouvidos. Já virou rotina. Me encolho, travesseiro na cabeça, não tem jeito. Péeeeeeeeeeeiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnn!!!!!! Bi biiiiiiiiiiiiiiiiiii! Béeeeeeeee! Na minha mente conseguia ver cada um daqueles motoristas cansados tascando a mão no meio do volante. Décimo sexto andar. Som agonizante! Contínuo! Desesperador! Com o tempo você esquece o que é o silêncio. E o sonido constante ecoa nas esquinas do cérebro. Engarrafado. É enlouquecedor tentar relaxar assim.
Se eu andar do meu prédio até a rua principal do bairro, são dois quarteirões. Sete prédios enormes estão sendo construídos ao mesmo tempo só nesse trajeto. Isso é desenvolvimento? Vou me embora pra Passárgada, onde canta o sabiá. Antes que as construtoras cheguem lá.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Prorrogação!!!

Desabafo, Insatisfação, recalque, dor de cotovelo, não importa!!!

Depois de três derrotas consecutivas, e a pior de todas para o Flamengo, depois do Dodô perder dois pênaltis, você, o Mancini e o próprio Dodô, achavam que ia ficar tudo bem? Que as coisas iriam fluir no Gigante da Colina?
Ontem, foi o fim...iniciei a campanha no twitter "FORA MANCINI", bom a princípio pensei que eu estivesse sozinha, mas vi que o Roberto Dinamite estava comigo, pois, logo após a derrota para o quase rebaixado Americano, nosso "Presidente" anunciou a demissão do Vágner Mancini. Antes da partida todos estavam comentado a sua permanência no clube, independentemente, de ganhar, ou perder.
Segundo o ex-técnico ele precisa de planejamento e não resultado, haha, bom, na linguagem do futebol é necessário o resultado, quem vive de planejamento é arquiteto, acho que o nosso grande Mancini está na profissão errada. "Reveja seus conceitos".
Tá, ele já é passado em São Januário, mas agora temos um outro problema!!! Quem irá substituí-lo? "MEDO", andei sondando e as opções não são as melhores...sente o drama! O indiferente,Tite, o nada a declarar, Celso Roth, o metido a garotão, Renato Gaúcho, a Lenda, Antonio Lopes, o Diplomata Joel Santana, e uma sugestão pessoal, Valdir Espinosa. Que não sei por onde anda, mas a gente procura no Google, ainda bem que não moro na China, nunca ia saber do paradeiro dele, mas voltando o assunto, então, essas opções, é de desanimar qualquer torcedor.
Sei que a culpa não é só do técnico, mas é mais barato mandá-lo embora do que trocar o time inteiro.
Eu se fosse o Dunga, levaria o time do Vasco todo pra Copa, com passagem só de ida, largava a tralha toda por lá. Èlton, Dodô, Elder Granja e assim vai.
Agora é aguardar para ver quem vai substituir o arquiteto, e nos dar resultados. Estamos em terceiro lugar no grupo, perigando perder a vaga na semifinal do Carioca, para o América, Romário deve estar rindo da má fase alheia.
Acabei de ficar sabendo, aaahhhhhh, o Vasco quer efetivar o treinador dos juniores até o final do campeonato.
Domingo, teremos a nossa quarta derrota consecutiva e dessa vez, para o Fluminense, pensamento pessimista?!?!?! Sim, pois se ganharmos já será algo diferente. Não crio mais expectativa em nada na minha vida...é só decepção, atrás de decepção.
Mas, estamos ai, é na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que derrota atrás de derrota, nos separe!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

Calabresa neles!

Personagem da semana: o Santo Daime!
Como já é de praxe as capas dos jornais pautam as conversas ao longo do dia. Informações travestidas de imparcialidade enfiadas goela abaixo. Questionamentos “quase” impostos. “Você acha que o daime é perigoso? Causou o crime? Deixa as pessoas malucas?” Polêmica: receita mágica que move a indústria da informação.
Um louco comete um crime... isso é novidade? Uma pessoa conhecida morre! Isso tem que render! Réu confesso, não deixou muita brecha para acusações hollywoodinescas. Culpa de alguma força misteriosa?! Proibir ritual centenário envolvendo droga alucinógena e ir contra minoria religiosa sempre vende jornal.

Mas, qual a diferença entre o louco munido de drogas e o louco munido de fé cega?

Pessoalmente, não sou a favor nem contra nenhuma religião.
Certa vez, uma amiga muito próxima passou por uma experiência sem volta: o câncer.
Na medida que a gravidade do tumor aumentava, sua esperança era potencialmente depositada numa igreja evangélica. A situação piorava na mesma proporção que seu vocabulário se encorpava com palavras recheadas de religiosidade. Ela passou a encontrar a felicidade no coral da igreja, onde escutava que tudo ia ficar bem... diferente do que os médicos pensavam. Não ignoro o quanto essa esperança é fundamental para quem sofre. Move montanhas.

Um dia, ela avisou da apresentação musical para amigos não religiosos e, sem combinar, aparecemos. A mãe dela, que também não seguia nenhuma religião, foi com a gente.
Foi lindo! Ela cantou como um anjo! Logo depois começou o culto. O pastor da vez era um senhor de aparência inusitada: muitos quilos a mais, botões estourando na blusa social esgarçada e quase nenhum dente na boca. Cordões e pulseiras grossas e douradas ostentando o peso da palavra que dizia tão enfaticamente.
Ele disse que cantava numa boate até que Jesus o salvou e curou sua filha doente. Eis que no meio do culto ele, ciente de que muitos ali não eram adeptos, manda todos fecharem os olhos e começa um discurso profético. Olhei a minha volta assustada, em meio a gritos de aleluia aleatórios e gemidos “espontâneos”. Pessoas se contorciam a minha volta gritando o nome de Jesus.

Eu, que sou adepta do “reza baixo, Jesus não é surdo”, vi meus olhos encontrarem os de uma outra amiga que pensa igual a mim. Não houve tempo para nenhuma reação, o pastor passou na frente de cada uma de nós com o olhar penetrante ordenando que fechássemos os olhos. Puxou uma das meninas, que era evangélica, mas não daquela igreja, e colocou a “santa” mão sob sua cabeça ao passo que as mulheres que gemiam ao longo do discurso se juntaram em uma roda em volta da garota. Ele olhou nossa cara de assustados e insinuou que todos precisavam passar por aquilo para encontrar a salvação. Foi minha dica para recolher minhas tralhinhas e partir antes que eu me estressasse.

Mais tarde, fiquei sabendo dos que agüentaram até o final, que no meio daquele show todo, o dito cujo apontou para a mãe da minha amiga e disse que a cura era certa! E que, para isso, ela (mãe) teria que freqüentar a igreja. Segundo o pastor, o que salvou a vida da filha dele foi a fé (dele! Não da filha!).

Agora me pergunto. Como que uma pessoa que está se vendo morrer e acredita em cada palavra dita na igreja recebe a notícia de que vai se curar se sua mãe e amigos se converterem????

O que acontece na mente de uma mãe quando ouve, da “fonte de verdade” da pessoa que mais ama, que ela só não vai se curar porque ela, mãe, não acredita naquilo??????

Até que ponto a fé cega destrói vidas? Até que ponto uma droga como o santo daime é responsável pelo crime do louco? Proibir o ritual é uma solução? Quantas pessoas desconhecidas morrem todos os dias pelo poder do discurso? Da religião, dos jornais. Discursos. Que matam...