quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Falando Sério

Na aula de Introdução ao Fotojornalismo assistimos a um documentário chamado "Morrendo para contar a história", sobre um fotojornalista, o Dan Eldon. Fiz esse texto inspirado no documentário. Espero que gostem.

A máquina captura o cheiro da morte. Quase posso senti-lo penetrando em minhas narinas. Toma formas sub-humanas, corpos espalhados pelo chão rodeados de poças de sangue. E a multidão que passa sem se importar. Alguns poucos se ajoelham e choram ao lado dos montes. Tentam, em vão, resgatar uma vida que já não existe mais. E sem mais, nem menos embarcam juntos pela viagem ao reino de Hades. São vítimas da miséria, da guerra, da fome, do desprezo mundial.
Ignorados, isolados... São lançados a própria sorte. E, se tiverem sorte, recebem alguma pouca ajuda em comida. Precisam estar sadios para morrer baleados, estuprados, queimados, apedrejados, arrastados...
Às vezes sinto-me como um urubu. Cercando os corpos caídos, tentando pegar o melhor pedaço – o melhor ângulo. Uso minha máquina para me aproximar do fato e me distanciar dos sentimentos. É como se visse as coisas do lado de fora da jaula de um zoológico. Um zoológico de homens aprisionados em seu próprio sofrimento. Carregando crianças raquíticas em trapos de pano amarrados em torno do pescoço. Rumando feito gado para um destino quase “infugível”. Aguardam, sem dignidade, o golpe fatal. De olhos abertos, tentando viver.
E eu aqui. Aclamado enquanto herói. Não sou herói. Posso sair daqui na hora que eu quiser. Mas algo me prende. Uma vontade de montar uma grande tela do drama de seres humanos esquecidos pelo mundo. Inspiro-me em “Guernica”, de Picasso. Minhas fotos são quase arte do cubismo. Corpos já sem formas humanas. Apenas pedaços, restos. Arte da tragédia humana. Dizem que certas pessoas têm que fazer certas coisas. Eu tenho que fazer isso.
É preciso mostrar ao mundo o que essas pessoas vivem. Posso parecer duro, frio. Mas, ao deitar a cabeça no travesseiro à noite, essas imagens extrapolam a câmera e penetram a minha mente. Tira-me o sono, a tranquilidade, o juízo. Tente dormir a noite tendo corpos espalhados pelo seu quarto. Com a morte rondando os seus passos, os seus gestos, os seus cliques.
Clique. Mais um morto. Clique. Boom. Mais vários mortos. Sinto como se meu próprio sangue jorrasse a cada foto que tiro. É como se um pedaço da minha vida escorresse pelos meus dedos, ultrapassasse a lente e penetrasse algum corpo inerte. Naquela película, um pedaço da vida humana se desenha. É uma existência contada em uma única foto. Desde a infância sofrida marcada pelas mãos calejadas, pelo corpo esquelético aos dias atuais de desespero contados no vazio dos olhos. A morte desenha-se nas roupas sujas e sujas de sangue. Como se uma poeira a mais em um traje que um dia sonhou em ser branco.
Mas não me sinto morrendo. Sinto-me vivendo para cumprir um papel maior que eu algo. Algo que extrapola minha vontade. Quando penso em ir embora meu coração me prende a essas histórias que passariam despercebidas se minha película não as mostrasse ao mundo. Faço foto-livros da vida dos outros e, por consequência, da minha própria vida. Vivo por isso. Não existe foto que valha a minha vida. Mas existem vidas que se equiparam em importância a minha vida. E por essas vidas permaneço aqui mesmo podendo ir.
São vidas esquecidas, desprezadas, menosprezadas. Ignoradas por algum burocrata atrás de uma mesa, que chega em casa na hora do jantar e encontra a família reunida a mesa com um sorriso nos lábios e roupas novas no corpo.
Espero dar essa cena a outras famílias. Essas esquecidas por todos. Talvez um dia minha história vire um filme, palco menor para a verdadeira tragédia. A que contei em minhas fotos. Vivi para contar histórias. Morri contando uma. Talvez tenha valido a pena.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Arteculando

(Continuação do texto da semana passada)

Hora do recreio, de Lílian Fontes (parte 2/2)

...
É, a gente comprou essa casa. Eu nunca tinha morado em casa antes. Desde que nasci, morei em apartamento. Não, eu não fui morar na casa do recreio logo que casei. Não foi assim não. Olha, primeiro eu morei num outro apartamento de dois quartos. Lembro-me agora, o meu menino mais velho nasceu nesse apartamento, os outros não, nascera, em outro. Foi, eu morei num outro apartamento antes de ir pra casa do Recreio. Eu sempre quis morar em casa, mas agora não quero mais. Minha mãe dizia que lá ia ser difícil arrumar empregada, que o lugar era muito isolado. Mas eu queria morar numa casa. Era uma casa muito bonita, só que agora eu não quero voltar lá.

Como é a casa? O portão? Tinha um portão de madeira pintado em azul colonial. As janelas e as portas também eram todas dessa cor. Eu gosto muito de azul, sempre senti paz no azul, por isso eu quis tanto o azul nas portas e nas janelas da minha casa. Mesmo sendo tudo azul, eu não quero mais voltar lá. Ainda bem que aqui as janelas e as portas não são azuis. O branco também me dá paz. Eu acho que estou preferindo o branco, preferindo ficar aqui nessa casa. Aqui ele não vem. Eu sei que ele não vem. Quem? Aquele homem que esteve na minha casa. Não, eu não me lembro da cara dele. Eu nunca tinha visto aquele homem antes. Não consigo me lembrar. Meu marido já me disse. Todo dia meu marido vem aqui e diz que eu nunca mais vou ver aquele homem. Mas eu tenho medo. Medo de chegar naquela janela e ele estar encostado num poste me olhando. Tem um poste em frente a casa não tem? Sempre tem um poste. A rua está cheia de postes, a rua está cheia de homens encostados em postes. Na frente da minha casa tem um poste. Do outro lado da rua tem um poste. Acho que ele ficava lá, olhando para minha casa. Eu nunca tinha visto aquele homem, mas deve ser de lá que ele via tudo. Via a hora de eu dar um beijo no meu marido e ele sair, ele e meu menino mais velho. É, o meu menino mais velho, esse que não tem vindo aqui, todo dia saia de manhã com o pai. Os outros não, os outros estudam à tarde. Toda tarde era eu e meu menino mais velho, ele almoçava comigo e ficava. Ficava ouvindo música a tarde inteira, eu ficava em casa com esse menino ouvindo música. Não agüentava, falava para ele ir estudar, mas ele não ia. Não sei se lá daquele poste dava para ouvir as vezes que eu berrava com o menino para ele ir estudar. Daquele poste ele devia ouvir tudo. Eu não quero mais saber de poste, de rua nem de nada. Não quero mais saber de nada. Quero ficar aqui neste quarto, só vendo meu marido, os meus filhos e vocês dessa casa que cuidam de mim. Eu preciso mesmo que cuidem de mim porque eu não consigo mais sair na rua. Era eu quem ia a rua comprar a comida para minha casa. Já disse ao meu marido para ele também sair de lá. Mas ele é homem, homem é muito corajoso. E ele acha que pode ficar lá com o meu menino e a minha menina e o meu menino mais velho. Ele disse que aquele homem nunca mais vai voltar lá. Eu acho que ele pode voltar sim, entrar na minha sala, como naquele dia. Aquele homem com uma arma na mão. Ele tinha uma arma... Só estávamos eu e o meu menino mais velho. Esse que não tem vindo aqui. O meu filho ouvia som com o headfone no ouvido, não escutou quando o homem pediu para eu mostrar onde era o meu quarto. “Tira logo a roupa”, ele disse. Eu disse que não tirava. E ele disse que não estava brincando. “Se você berrar eu te mato”. Me lembro bem disso que ele disse. Ele me deu uma mordida bem aqui no peito, doeu. Mas se eu gritasse ele me matava. Tirou as calças, deu uma cusparada, eu tremia, tremia muito. De repente, ouvi a voz do meu menino mais velho. Ouvi o homem dizer a ele: “Se você berrar eu te mato”. Eu me levantei... É, foi assim. Me levantei e fui até a gaveta da cômoda. Me lembrei que ali eu tinha uma tesoura. Eu quase não uso essa tesoura, mas eu me lembrei dela. Segurei nela com muita força, me lembro disso. Eu não podia fazer barulho. E eles estavam naquele canto da sala. O homem de quatro no chão em cima do meu filho. Acho que foi num pulo. Foi sim, foi num pulo que eu enfiei as duas lâminas da tesoura nas costas dele. Foi. Foi num pulo, agora eu me lembro.


Espero que tenham gostado, bjs e téterça.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Conversa Fiada

"Família! Família! Cachorro, gato, galinha..." - Parte 1


Semana passada estive em Cataguases por ocasião do aniversário de minha avó, que estava passando uns dias na casa da minha tia. Para quem não sabe, Cataguases é uma cidade mineira que, de tão grande, não existe no mapa. Imagine uma cidade típica de interior, menor do que a Rocinha, cujas principais atrações são as praças e a avenida - que é como uma versão do Saco de São Francisco (para os que, assim como eu, moram em Niterói) - ei-la.
Brincadeiras à parte, sempre fui muito bem recebida na cidade aonde vou desde antes de me entender por gente. Aliás, desde antes de entender qualquer coisa. As pessoas são muito hospitaleiras e recepcionam a todos com um sorriso no rosto e uma fala mansa, carregadíssima do mais típico sotaque de Minas.
Depois que minha prima veio estudar no Rio, minha tia se mudou algumas vezes. No apartamento onde reside agora eu só havia ido uma vez, mas foi suficiente para notar, na esquina em frente, uma casa rosa, antiga, toda gradeada, onde moram... gatos! Muitos gatos, apenas gatos, trinta e nove gatos!
Eu, que adoro animais, fiquei felicíssima de ver que, nesta cidade tão pequena, havia alguém que se importasse tanto com eles a ponto de dar-lhes um teto, comida, água, carinho e atenção. Mais feliz ainda fiquei quando soube que este alguém, a Fátima - Fatinha para os íntimos -, estava apenas a um lance de escadas de mim.
Quando a perguntei se poderíamos bater um papo, ela prontamente me convidou a conhecer a casa. Recomendou apenas que eu usasse uma roupa mais velha, pois alguns gatos gostam de pedir carinho puxando nossa roupa com as unhas. Como sempre fui mais de cachorros, nunca soube que gatos pudessem ser tão carinhosos.
Lá fui eu com as únicas roupas velhas que consegui: minha blusa de pijama, uma calça jeans antiga da minha avó e um chinelo trinta e seis que me deixava o calcanhar descalço. Quando chegamos no portão, havia, na rua, cinco cães famintos, esperando sua "dona", que todos os dias, no mesmo horário, dá-lhes de comer e beber e, mais importante ainda, dá-lhes carinho, atenção e um nome. Só não lhes oferece casa por falta de espaço, mas há planos para o futuro.
Ela me apresenta todos. A Clarinha, a Duquesa, o Rex, o Branco e a Sassá. Todos castrados no veterinário a pedido e às custas dela, menos a Duquesa, que é nova no pedaço, mas já sabe até dar a patinha. Ela é uma graça. Naquela quarta-feira, a Magrela e a Pretinha não estavam lá, mas também são cativas da esquina da casa dos gatos. A Fátima me pede para ir devagar com os cachorros, pois não sabe como reagirão à minha presença, mas eles logo me aceitam, fazem festa e recebem meu carinho. Acho que os animais reconhecem quem lhes quer bem.
Quando entramos na casa, ela me diz que cada um dos gatos tem uma história e, aos poucos, durante nossa conversa fiada, ela vai me contando cada uma, com o carinho de uma mãe. "Aqui eu tenho os bravos, os ariscos e os mansos. Agora, bravinhos até que são poucos. Cada um tem uma historinha de vida", diz.
A Docinho, a Linda e a Maysa tinham dono, mas foram abandonadas na virada do ano. Na ocasião, a Docinho estava grávida. A Nina, que chegou na casa há pouco tempo, ela "resgatou" de cima de uma árvore. A Brigite foi jogada dentro da casa, não se sabe por quem. A Picachu é velhinha e dócil e por isso, coitada, às vezes leva uns "tapinhas" dos roomates. O Zezinho adora perfume, não à toa, me puxava o braço a toda hora para cheirar e lamber. Tem a Polyana - que é irmã da Brigite -, a Bianca - que teve problemas durante a cirurgia de castração e, desde então, ficou mal-humorada -, o João - que adora um carinho e ficou se pendurando na janela para chamar atenção -, a Pipoca - sua preferida, filha da Bianca - e muitos outros. Muitos mesmo.
Enquanto ela me mostrava a casa, perguntei de onde veio todo esse carinho com os bichos.
- Tudo começou, né, com a minha mãe. A minha mãe morava aqui nessa casa e tinha uma gata que chamava Xulin. E minha mãe tinha loucura com a gata. A gata viveu com ela dez anos e, quando minha mãe morreu, né, ela pediu para eu vir para cá cuidar da gata. Aí eu vim, cuidei da Xulin e daí uns três anos a gata morreu. Depois disso foram aparecendo 1, 2, 3, agora eu tô com trinta e nove! Todos são de rua, não tem nenhum comprado. - ela me conta.
A casa tem cinco cômodos, com poltronas e uma cama, que eram da mãe dela, e um sofá, comprado de segunda mão, que hoje está, assim como as poltronas, esburacado e arranhado pelas ferinhas.
Um dos quartos fica sempre fechado. Quando entramos, descobri o motivo: dois cachorros! O Sansão e a Francisquinha. O primeiro esbanja felicidade e nos recebe aos pulos, fazendo uma farra digna do mais animado folião carioca. A segunda é mais reservada. Olha um pouco desconfiada a princípio, mas depois aceita um afago.
A Fátima me diz que eles também foram tirados da rua e que ela gostaria de ter mais espaço para poder acolher também a turminha da esquina. Ela me conta que o Sansão tinha dona, mas quando se mudou, soltou ele em outro bairro. A Francisquinha foi uma das primeiras a figurar na esquina da "casa rosada" - essa que, diferentemente da argentina, cumpre com louvor o papel social a que se propõe. Os dois se dão super bem, dormem até juntos.
O Juarez, marido da Fátima, leva os cachorros para passear toda noite. Quando ele entra no quarto é uma festa só. Até a Francisquinha, que não largou o pote de ração durante toda minha permanência em seu território, se animou e foi, aos pulos, receber o dono querido. Mas antes fez um carinho no Jonathan, um dos gatos novos na casa, que adora os cachorros. Ele entrou no quarto e foi direto dar um beijo de esquimó na Francisquinha. Quisera eu ter fotografado a cena para dividir com vocês.
Quando o Juarez saiu com os cachorros, a Duquesa e o Rex foram atrás, como se guiados também por uma coleira. Invisível. Mas que certamente existia ali, ligando o coração do homem ao dos animais.

Continua...


--> Música da semana: Família - Titãs

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Calabresa Neles!

Se não fosse tarde demais para pânico, a frase "o circo tá armado" teria perfeito sentido nesse momento! O objetivo da coluna é falar da barbáries que aconteceram durante a semana, portanto vou tentar me limitar a isso senão o espaço será insuficiente.
O filho do nosso querido e intocável Presidente do Senado andou dizendo por aí que coloca quem quiser no órgão público. Pelo, jeito o órgão aviltado aparentemente público é o nosso! O pior não é ouvir isso! O pior é saber que é verdade! Vossa Excelência seu pai, Zezito Sarney, coloca mesmo quem quiser lá. Nenhum dos apadrinhados pelos atos secretos perdeu o cargo cheio de privilégios, nem se quer sofreu alguma consequêcia por isso. O país da impunidade quebra os próprios recordes a cada dia! Agora está chegando um período melhor ainda! Junto com a notícia de reajuste salarial dos ministros do STF vem a debandada geral das atividades(e que atividades?) para engajar campanha em busca de votos para o próximo mandado.
Curioso isso? Achei até o aumento pouco! Acho que os bolsos dos trabalhadores não está sendo tripudiado o suficiente! Por que se estivesse... as pessoas não estariam tão passivas. Oh sonho meu!
Mais um episódio brilhante da minha história interminável com as Barcas S/A.
Além de ganhar muuuito dinheiro do governo(leia "nosso") pelo serviço de transporte público e muitos outros investimentos de melhorias (que só Deus sabe onde vai parar), não posso deixar de comemtar a péssima organização da empresa. Hoje, fiquei alguns minutos esperando no deck. Deixei uma das barcas ir embora e fiquei assistindo a multidão que passava por ali pensando que cada uma daquelas pessoas paga uma fortuna para estar ali todos os dias. Indo e voltando, todos os dias, todos os meses... Foi então que olhei para o lado e vi um homem tentado passar pela plataforma no momento que um funcionário estava estendentdo a corrente para impedir a entrada. O funcionário virou para o lado e acerto a cabeça de uma senhora, virou para o outro e acertou a cabeça desse homem que tentava passar por baixo da corrente. Aí ficou todo mundo se xingando e eu fui para o outro lado esperar a próxima barca. Estava eu lá na frente, no meio da multidão, em uma das plataformas. Eis que um cara grita -VAI SER NA OUTRA ENTRADA! E a boiada reclamando se vira e anda. Os primeiros viraram os últimos! Quando a situação se acalmou a mesma voz gritou de novo. -VAI SER NAQUELA MESMO!
E a boiada reclamando se virou e voltou. Ninguém registrou a insatisfação oficialmente e ficou como se nada tivesse acontecido.
É crise para todos os lados!! Ninguém se mobiliza. Ninguém se sente responsável pelas mudanças. Desesperados??
Relaxem! Essa bagunça tem os dias contados! O Romário vai nos salvar!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Prorrogação

Novela que não tem mais fim! Ex – jogador na política! No fim da fila!!!
O esporte é mesmo curioso...
O Fluminense que no carioca vai mal das pernas, dirigentes em crise, chegou no Peru com uma recepção calorosa. Tudo devido a sua campanha do ano passado(2008), na Copa Libertadores da América, em que na ocasião o time Tricolor chegou a final contra o time da LDU do Equador. Ontem pela Copa Sul-Americana o Fluminense empatou em 2x2 com o time peruano Alianza.

Pela mesma Copa o Botafogo venceu o time do Emelec por 2x0. Eu queria saber do por que de tanta dificuldade no Brasileirão!?!??! Ao meu ver não existe diferença pra tanta diferença...tudo bem o Brasileiro é um Campeonato extenso, cansativo, mas o time da Estrela Solitária está desde do começo tropeçando. O time é o mesmo ou quase o mesmo, então, ontem ainda jogou sem alguns titulares e criou boas oportunidades de gol. O técnico Estevam Soares tem que diagnosticar o erro...pois assim não dá!!! Senão, é segundona ano que vem junto com o Fluzão.

Já o Vasco é só sorrisos...tem a defesa menos vasada do Campeonato, o meia Carlos Alberto diz estar feliz no time da Colina e não pretende sair, Pimpão já vai estar no banco no jogo de sábado contra o Duque de Caxias, no Maracanã, ás 16:10h. Tudo é felicidade para os vascaínos. E mais uma vez vamos lotar o Maracanã no sábado galera!!!
E aproveitando o momento, dirigentes do Vasco pediram para o ex-goleiro vascaíno Roberto entrar no fim da fila dos processos contra o clube. O goleiro, hoje no América, entrou na justiça do trabalho para receber o que o clube ainda lhe deve. Hum vai demorar...
Mas, num desiste não! Como já dizia Renato Russo “quem acredita sempre alcança”.

Política e futebol !?!?? Bom, o ex- jogador Romário agora resolveu se bandear para a política. O Baixinho se filiou ao PSB, e não descartou a possibilidade de ser candidato para as eleições do ano que vem. Quem também entrou na dança foi o atacante e ex-BFF do Romário, Edmundo. O jogador se filiou ao PP e deve se candidatar a Deputado Estadual nas eleições de 2010. E vários outros já tentaram essa mamata como Túlio maravilha, Vampeta, Robgol e por ai vai.

E mais um caso de doping no país. Tá vergonhoso isso já. Essa descoberta foi ás vésperas da escolha Olímpica para 2016. A gravidade é que já é o décimo caso só no atletismo, um recorde, negativo é claro. E há indícios que existem outros a serem descobertos.

E na novela da Fórmula 1 o Tetracampeão Alan Prost é o grande nome para substituir Briatore na Renault. Também está cotado para a vaga o inglês Davis Richards ex-BAR. O anúncio será feito nesta sexta-feira antes do GP de Cingapura. Ah, o Briatore ainda quer recorrer da decisão da FIA. Ele diz que se sente injustiçado e que vai provar que não tem culpa nenhuma no escândalo e que ainda vai pedir uma indenização por sua imagem ter sido denegrida publicamente.

Na terça passada foi comemorado o Dia Mundial Sem Carro e não posso deixar de comentar que o Prefeito Eduardo Paes foi trabalhar de bicicleta e ainda andou pela cidade, com um agasalho da campanha para os jogos de 2016. Só ele que deixou o carro em casa, porque na volta do meu trabalho eu peguei as mesmas 2h de engarrafamento que costumo enfrentar todos os dias. Eu acho que na volta pra casa ele largou a bike e voltou de táxi. Cê acha que não!??!?!
E aí pessoas vocês aderiram a campanha do Dia Mundial Sem Carro?!?!? Acho que ninguém, porque o que tinha de carro na rua, parece até que fizeram ao contrário, só de sacanagem!!!

Bom gente, é isso até quinta que vem e não esqueçam da corrida neste domingo. Vai ter a 26° rodada do Brasileirão. E o Vascão no Maracanã sábado.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Falando Sério

Para falar a verdade, estou sem vontade de postar.
Minha vista arde, não estou enxergando. É a tal da conjutivite que resolveu atacar meu olho e me deixar só com 50% da visão. Talvez se eu tirasse o tapa-olho, poderia enxergar melhor, mas para poupar a outra vista da tal conju me submeto a essa situação ridícula. Acreditem, o Capitão Gancho está muito melhor de visual do que eu.
Visto o meu estado, me privarei de fazer um post longo falando sobre qualquer coisa que me force a visão.
Estou vendo Ídolos e revoltado com algumas saídas e super feliz com algumas permanências. Aliás, a televisão tem sido minha única companheira nessas horas ceguetas. E não a tenho achada tão ruim assim. Talvez muito repeteco, muito mais do mesmo, mas pra entretenimento, dá para o gasto.
Dica de filmes: Anjos e Demônios e 17 again.
Para quem ve de um olho tá bom....

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Arteculando

Bom queridos... como Matheus disse, não postei na semana passada por motivos de doença.
Já estava com saudades e para compensar vou postar mais um texto que gosto muito...
Como ele é um pouquinho extenso, postarei em duas partes, uma hoje e outra na semana que vem. Vale a pena ler tudo!!!

Hora do recreio, de Lílian Fontes

Eu tenho dois filhos que dizem que eu sou mãe. Eu não sei bem, não sei. Eles têm vindo aqui todos os dias me ver e me chamam de mãe, isso eu ouço bem. Me chamam de mãe, o tempo todo de mãe. Dizem que são três, mas os que vêm me ver são só dois. O outro não, não vem. Aquele homem meu marido, é isso que ele diz ser meu, diz que o outro vai bem, mas aqui ele não vem.
Esse homem meu marido tem um rosto bonito. É, eu acho. Um nariz grande, afilado. Eu gosto de nariz grande, você gosta? Acho bonito. Os cabelos grisalhos também são bem bonitos. Ele disse que é meu marido, que a gente se casou há um tempão atrás, disse que até há quanto tempo,só que agora eu não lembro mais. Da cara dele eu me lembro. Ele tem vindo aqui todos os dias me ver, conversa comigo, fica me contando coisas da nossa vida e sempre me faz o mesmo pedido: “Vê se consegue se lembrar”, mas eu não consigo. Ah, você quer saber a cor dos olhos dele? Poxa, é difícil, acho que não tem cor. É, não me lembro. Só sei que ele me diz que é meu marido, que a gente vive junto numa casa na cidade do Rio de Janeiro, num lugar... Espera aí que eu já me lembro... Ele disse o nome, disse sim... mas agora eu não consigo me lembrar. Ele falou que nossa casa tem um piano na sala onde eu passo as noites tocando. A menina minha filha está aprendendo a tocar no meu piano, foi o que ele disse. Eu até me lembrei que nessa sala tem um bar e ele disse que eu quem pediu pra fazer esse bar lá. Não sei se fui eu, eu não me lembro. Desde aquele homem esteve lá em casa eu não me lembro.
O meu marido, esse homem de cabelos grisalhos, disse que nós temos três filhos. Eu só vejo dois, um menino e uma menina que vem aqui me visitar. Eles dizem que são meus filhos e que tem outro irmão que aqui não vem. Quer dizer na verdade eles dizem que eu tenho três filhos. O outro não vem. A menina tem uns 12 anos, o menino que vem aqui deve ter isso também, ou mais um pouquinho, talvez treze, quatorze. O outro eu não sei. Meu marido disse que ele está com dezesseis anos. É o mais velho. Eu não consigo me lembrar dele. Meus dois filhos que vêm aqui me falam que ele gosta de ficar ouvindo música com o headfone no ouvido e eu fico reclamando dele não me ouvir. Então, eu vou no amplificador e abaixo todo o volume. Aí, sim, ele me escuta. Ele gosta de ficar naquele canto da sala ouvindo música. Um canto onde tem um sofá e mais umas almofadas espalhas no chão. Meu marido disse que há pouco tempo eu comprei um quadro grande e pendurei sobre esse sofá. Eu não sei, eu não me lembro. Ele disse que eu compre sim, mas certas coisas eu não consigo me lembrar. Desde que aquele homem este lá, eu não consigo me lembrar.
Hoje meu marido disse que nosso filho mais velho, o de dezesseis anos, virá me ver em breve, aqui nesse lugar para onde eu vim depois do dia que aquele homem esteve lá. Ele vem aqui, o meu menino mais velho. Dizem que ele é parecido comigo. E parece mesmo. Você quer saber como ele é? Bem, ele, deixa eu me lembrar... O meu marido me mostrou uma foto dele. Ele tem os cabelos lisos e pretos como os meus. Os olhos dele têm a cor clara que eu tenho nos meus. O nariz é do pai, grande como eu gosto. Você também gosta de homem de nariz grande, não é? Ele tem o nariz do pai. O pai dele é o meu marido. O meu marido é pai dele e do menino e da menina que vêm aqui me ver e me chamam de mãe. Eu e eles moramos numa casa na cidade do Rio de Janeiro, num lugar chamado Recreio dos Bandeirantes. Isso, agora eu me lembro. Eu moro no Recreio dos Bandeirantes com meu marido e meus três filhos. Isso mesmo, uma casa no Recreio, mas para lá eu não volto nunca mais. Desde que aquele homem esteve lá eu não quero mais voltar naquela casa. Não quero.

...
(Continua na terça dia 29/09)

Espero que tenham gostado, Bjs e téterça.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Conversa Fiada

“Palavras apenas, palavras pequenas, palavras”


Hoje é domingo. São dez e vinte e cinco e eu estou tentando encontrar algo sobre o que falar. Estou ouvindo a Ave Maria, composição de Bach. Hoje o meu pai baixou várias músicas clássicas no meu computador e eu estou adorando conhecê-las aos pouquinhos. Uma pena que não tenham letra, senão, provavelmente usaria uma delas para intitular o post dessa semana.
Ontem fui à bienal do livro. Na sexta também. Queria ter ido mais dias, mas coisas aconteceram e meus planos acabaram indo por água abaixo. Mas algumas coisas que aconteceram até que valeram a pena. Do contrário, eu não teria tido a oportunidade de assistir, no sábado passado, a um maravilhoso pôr-do-sol, com a vista abençoada do parque da cidade.
Pensando nessa minha falta de idéias, lembro-me do debate que assisti na bienal, na sexta-feira. As convidadas foram, nada mais, nada menos do que Martha Medeiros – cronista do jornal O Globo e, na minha opinião, uma das melhores que temos hoje em dia – e Letícia Wierzchowski – autora de, entre outros, do livro “A casa das sete mulheres”, adaptado para a TV pela rede Globo. No debate foi falado sobre as diferenças entre a criação de personagens no conto e o autor como personagem na crônica.
Eu sempre me identifiquei mais com esta última. Não consigo escrever contos. Talvez não tenha tanta imaginação, talvez precise ler mais ou, talvez, simplesmente não tenha capacidade.
Mas agora, e esse é o motivo pelo qual me lembrei do debate, eu estou me sentindo incapaz de escrever até em primeira pessoa, ou como narradora. Não consigo encontrar sobre o que falar.

Vou postar um texto da Adriana Falcão. Para quem não conhece, ela é roteirista e escritora, tem vários livros publicados e escreve crônicas para O Estado de São Paulo. Eu adoro esse texto! Queria ter tido a capacidade de escrevê-lo.


Palavras
(Adriana Falcão)

As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as palavras pela alma, porque gostam de brincar com elas, e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, que se coloca entre o significante e o significado pra dizer o que quer, pra dar sentimento às coisas, pra fazer sentido. Nada é mais fúnebre do que a palavra fúnebre. Nada é mais amarelo do que o amarelo-palavra. Nada é mais concreto do que as letras c, o, n, c, r, e, t, o, dispostas nessa ordem e ditas dessa forma, assim, concreto, e já se disse tudo, pois as palavras agem, sentem e falam por elas próprias. A palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A palavra carro corre. A palavra palavra diz. O que quer. E nunca desdiz depois.
As palavras têm corpo e alma mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito, e pronto. As palavras são sinceras, as segundas intenções são sempre das pessoas. A palavra juro não mente. A palavra mando não rouba. A palavra cor não destoa. A palavra sou não vira casaca. A palavra liberdade não se prende. A palavra amor não se acaba. A palavra idéia não muda. Palavras nunca mudam de idéia.
Palavras sempre sabem o que querem. Quero não será desisto. Sim nunca jamais será não. Árvore não será madeira. Lagarta não será borboleta. Felicidade não será traição. Tesão nunca será amizade. Sexta-feira não vira sábado nem depois da meia-noite. Noite nunca vai ser manhã. Um não será dois em tempo algum. Dois não será solidão. Dor não será constantemente. Semente nunca será flor. As palavras também têm raízes, mas não se parecem com plantas, a não ser algumas delas, verde, caule, folha, gota.
As células das palavras são as letras. Algumas são mais importantes do que as outras. As consoantes são um tanto insolentes. Roubam as vogais para construírem sílabas e obrigam a língua a dançar dentro da boca. A boca abre ou fecha quando a vogal manda. As palavras fechadas nem sempre são mais tímidas. A palavra sem-vergonha está aí de prova. Prova é uma palavra difícil. Porta é uma palavra que fecha. Janela é uma palavra que abre. Entreaberto é uma palavra que vaza. Vigésimo é uma palavra bem alta. Carinho é uma palavra que falta. Miséria é uma palavra que sobra. A palavra óculos é séria. Cambalhota é uma palavra engraçada. A palavra lágrima é triste. A palavra catástrofe é trágica. A palavra súbito é rápida. Demoradamente é uma palavra lenta. Espelho é uma palavra prata. Ótimo é uma palavra ótima. Queijo é uma palavra rato. Rato é uma palavra rua.
Existem palavras frias como mármore. Existem palavras quentes como sangue. Existem palavras mangue, caranguejo. Existem palavras lusas, Alentejo. Existem palavras itálicas, ciao. Existem palavras grandes, anticonstitucional. Existem palavras pequenas, microscópico, minúsculo, molécula, partícula, quinhão, grão, covardia. Existem palavras dia, feijoada, praia, boné, guarda-sol. Existem palavras bonitas, madrugada. Existem palavras complicadas, enigma, trigonometria, adolescente, casal. Existem palavras plurais, mais, muito, coletivo, milhão. Existem palavras que são palavrão. Existem palavras pesadas, chumbo, elefante, tonelada. Existem palavras doces, goiabada, marshmallow, quindim, bombom. Existem palavras que andam, automóvel. Existem palavras imóveis, montanha. Existem palavras cariocas, Corcovado. Existem palavras completas, elas todas.
Toda palavra tem a cara do seu significado. A palavra pela palavra tirando o seu significado fica estranha. Palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra não diz nada, é só letra e som.

In: O doido da garrafa. 2. ed. São Paulo: Planeta, 2003, p. 97-99.


O post ficou enorme e eu sei que isso não é legal. Mas se você chegou até aqui, tenho certeza de que não se arrepende.



Música da semana --> Palavras ao vento – Cássia Eller

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Calabresa Neles!

Cada dia que passa me pergunto se o mundo ta doido ou se a doida sou eu...

Li uma frase interessante no livro “O melhor do Mau humor”, um livro de citações.

“Não foi o mundo que pirou. As coberturas jornalísticas que melhoraram muito..." - G.K. Chesterton

Agora a cada notícia que leio me pergunto se eu não viveria melhor sem saber daquilo.
“A essência da mente é manter as coisas ruins e esquecer as boas” – Aprendi no último fim de semana, quando me reuni com um grupo de pessoas esclarecidas para abstrair a mente com pensamentos bons. Fiquei mesmo muito zen depois daquilo.

- Curso de respiração??? – me perguntaram
- Não é bem isso... – eu respondia sem saber explicar.

A verdade é que tem coisas que simplesmente não tem explicação. E outras que se explicar estraga...


O curso da Arte de Viver me fez muito bem. (oh jabá) Passei seis dias com pensamentos positivos, percebendo as pernadas que eu costumo dar em mim mesma e tantas outras coisas que a gente faz sem saber por que e sofre as conseqüências como se não houvesse outro jeito.

Percebo agora que ler jornal é uma dessas coisas.

Eu absorvo todas essas novidades que as empresas midiáticas julgaram importantes para divulgar.
Quando chego em casa me pego comentando as notícias mais absurdas e chocantes, geralmente violentas. Assim percebo o quanto estou inserida nessa roda louca. A população já está ficando domesticada com o excesso de informação. Recebemos tanta notícia que não sabemos que reação ter então ficamos parados. E com o tempo, viramos uma nação estática, com reações internas devastadoras. A imagem de boiada não sai da minha mente. Especialmente nas barcas, quando o povo se atropela para entrar e sair, indo e voltando sempre com aquela cara de gado marcado indo para o abate.
Enquanto isso....
Bandidos saem por aí pela porta da frente do presídio por bom comportamento, mesmo sendo acusados de assassinar coleguinhas de cela e comandar o tráfico da prisão.
Políticos são absolvidos da mera possibilidade de investigação mesmo depois de assumirem o crime.
A bagunça eleitoral na internet é permitida, e a eleição de políticos com fixa suja também.
O funk, com todos os seus rebuscados versos, virou patrimônio nacional e ritmo a ser ensinado na escola.
A mãe do Michael, que foi finalmente enterrado num caixão de ouro, vai receber um milhão por ano para cuidar dos netos.
E adolescentes apedrejam bicho “estranho” até a morte por acharem que era um ET.
E o gado segue...

Bom... pelo menos o ET já está sendo explicado... Estão dizendo por aí que é a carcaça de um bicho-preguiça que caiu no mar, perdeu a pelagem e ficou inchado.

Cá pra nós... Menos mal se só o ET fosse inexplicável.
Haja respiração!! Haja pensamento positivo!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Prorrogação

Será que agora vai? Fim de semana em Jacarepaguá!!!Pelé para presidente!??!?

Nesta quarta teve rodada da Copa Sul-Americana,sim aquela Copa que ninguém dá valor...mas quando o time vence uma partida melhora o animo e o bolso do clube. Ontem, o Botafogo enfrentou o Atlético-PR, os Alvinegros já sem muita esperança, e é nessas horas que a gente aprende que a esperança é a última que morre, não é que eles venceram de virada por 3x2 e seguem para a próxima fase da competição. Mas, agora já andam falando em seqüência de vitórias, calma aí foi só uma, ta tudo bem, uma em dez?! Não é por aí, a competição era outra e o Botafogo continua na zona de rebaixamento do Nacional. Se é pensamento positivo agora vai ...rumo a reação fogão...se não vai prejudicar todos os apostadores...tem gente apostando alto por aí que o Alvinegro não cai...será? Sonhar ainda não custa nada, aproveitem botafoguenses enquanto é de graça!

E o Vasco que joga as terças e ninguém dá a mínima.É o Vasco venceu o São Caetano nesta terça por 1x0 e segue líder isolado da Série B do Brasileirão. E neste sábado o Gigante da Colina enfrenta o segundo colocado da tabela, o Guarani, às 16:10h, no Maracanã. Torcida vascaína vamos lotar o Maraca e calar a boca dos Rubro-Negros.
Passando o serviço: pela Série A do Brasileirão. Todos os cariocas jogam no domingo. O Fluminense pega o Grêmio, às 16h. Já o Botafogo enfrenta o Santos, fora de casa, ás 18:30h, no mesmo horário o Flamengo joga contra o Coritiba.
Este domingo vai rolar Stock car em Jacarepaguá e como sempre a Rede Globo transmite, ao vivo e com exclusividade, a partir das 10h50m (de Brasília) com narração de Luís Roberto e comentários de Reginaldo Leme, dentro do Esporte Espetacular.
O rei Pelé em entrevista como sempre não perdeu a oportunidade de falar mal do Dieguito, Pelé falou que o ex-jogador não era tão bom assim e que o único gol de cabeça que ele fez na verdade, foi de mão. Pode esperar por resposta mal criada do hermano. E ainda rolou um boato de que o senhor Edson seria o novo presidente da FIFA. Toda brincadeira tem um fundo de verdade!!!

Na novela da formula 1, Nelson Piquet voltou a criticar Flavio Briatore e disse que o ex-chefe da Renault não voltará à Fórmula 1 nem pela porta dos fundos. Em entrevista à revista “Auto Motor und Sport”, o tricampeão da categoria afirmou que vai até o fim na briga judicial contra o italiano. Ah, e um dirigente da Renault ainda disse que Nelsinho não serve nem para guiar cego!!!!

Bom galera é isso, até quinta que vem com mais um capítulo da novela espanhola!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Falando Sério

Falando sério. Existem muitas coisas das quais se falar. O pensamento crítico não pode parar. Temos que continuar olhando, analisando, refletindo (que me perdoem meus professores de texto jornalístico, mas o gerúndio é a continuidade da ação).
Muitas das vezes me pego desiludido. Descrente de que um pensamento crítico possa realmente causar alguma mudança. Cheguei ao estágio e às 10h fui cobrir uma conferência de dois professores franceses (Professor Doutor Jacques Poulain e Professora Doutora Irma Medoux). O tema: Qual o papel do intelectual no mundo globalizado. Apaixonei-me pelos pensamentos, pelas retóricas...
Reproduzo um trecho: “Quais trabalhos podem fazer os universitários que não um trabalho intelectual? E é exatamente esse trabalho que está em discussão. Passamos, porém, por um processo de neutralização dessas discussões”. Entre outros assuntos, o professor Poulain – da citação acima – questionou a produção intelectual voltada apenas para os interesses de instituições. A Professora Irma prosseguiu: “Os intelectuais tem que trabalhar as suas críticas de maneira a mostrar a igualdade entre todos. A emancipação intelectual é, com efeito, a única garantia de que os intelectuais possam transmitir a capacidade crítica que construíram e isso é uma condição de emancipação social”.
Finalizo, depois de tudo isso sem muito a dizer. Apenas ressalto: pensar é libertador. E por horas enlouquecedor.

P.S.: Por motivos de doença, a coluna Arteculando não pôde ser publicada ontem.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Conversa Fiada

"Vamos viver tudo que há pra viver"



“Eu nunca tinha ido à Nova York. Adorei. E lembro que eu estava sentada sozinha na ala americana do Metropolitan. Eu estava na sala dos pintores da escola do vale do rio Hudson. De repente, tive a sensação de estar plenamente consciente. Finalmente, consciente da minha vida. Como se eu estivesse exatamente onde deveria estar. E outro dia, eu estava sentada no carro esperando Paige (sua filha) na escola. Ela veio correndo, foi contando sobre o dia dela e pulou no carro. E eu tive aquela sensação de novo. Tipo, é isso aí. É exatamente onde eu devo estar. Aqui, com ela. Eu acho que só queria ter aproveitado mais as coisas. Eu quero o máximo de momentos assim que eu possa ter. Sabe, quero voltar a Nova York e sentar sozinha no Metropolitan. Talvez, mais do que tudo, eu queria ser o tipo de pessoa que come uma barra de chocolate bem aqui no meio do mercado.”
(Trecho extraído de diálogo do filme “Eu e as mulheres”)

Foi durante a comemoração do aniversário de um amigo, num barzinho aqui perto de casa, dia desses, que tive esse estalo. Essa sensação de estar exatamente onde deveria. Não, eu não bebi nada nesse dia. E aí, me coloquei a pensar no porquê dessa sensação.
Não foi algo que eu houvesse planejado para mim, não foi algo que eu houvesse imaginado que aconteceria, apenas aconteceu. Sem maiores explicações ou justificativas. Sem nenhum motivo aparente.
Eu estava sentada à mesa, já era tarde e muitas pessoas já haviam ido embora. Lembro-me de ter olhado para o aniversariante e ele ria, por qualquer motivo que desconheço. Foi aí que me senti plena.
Na hora pensei que pudesse ser pelo muito amor que sinto por ele e por outras pessoas que se encontravam lá ainda. Fiquei tentando lembrar de outras vezes em que me senti da mesma forma.

Quando eu era mais nova, gostava de fazer planos para o futuro. Sempre quis ser mais velha. Ainda pequena, sonhava com o dia em que, assim como meu irmão, seria grande o bastante para misturar letras e números nos meus cadernos da escola.
Um pouco mais velha, desejava entrar logo na faculdade e ter idade suficiente pra sair pra onde eu quisesse, como gente grande.
Depois, ainda, já mais recentemente, me imaginava lá com os meus vinte e poucos anos e eu era tão boba! Achava que a vida seria fácil; que já teria minha independência – econômica e emocional -; que já estaria trabalhando e teria muito sucesso. Ah, se assim fosse!

Hoje eu penso em muitas coisas que queria ter feito e deixei de fazer. Penso que, talvez, se tivesse me permitido mais, teria experimentado mais momentos de plenitude como este.
Hoje, eu peço licença a Gregório Duvivier, e digo também que “a partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora”.

Hoje – e amanhã “e depois e depois e depois de amanhã” – eu vou me permitir.



Música da semana --> Tempos modernos - Lulu Santos



P.S.: Eu sei que a coluna de arte é a do Rafa, mas, pra quem estiver a fim de um bom filme, fica a dica.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Calabresa Neles!

Cadê Osama bin Laden?? Oito anos se passaram e nenhuma das famílias dos 2.752 mortos viu sua vingança sanguinolenta à altura do espetáculoSaddan Hussein”. Inútil dizer a quantidade de mortos do outro lado da “guerra contra o terrorismo”, o importante é que, mesmo com toda tecnologia do mundo, o lado “bom” não achou o buraco onde esse indivíduo que, supostamente bolou sozinho o atentado, se esconde por trás da barba. Muito estranho isso...
Simplistas eles. Conseguiram reduzir a expectativa mundial ao desejo de matar um cara. Eles personificaram o ódio humano para esconder a incapacidade mundial de concretizar a paz, em nome da qual tanta violência ganha justificativa. Em nome de Deus ou em nome da Paz? Que Deus? E que Paz?
A verdade é que os mortos estão mortos. E os vivos estão morrendo.
Enquanto isso no Brasil... Quem decide se gasta pelo menos US$4.000.000.000,00(é zero pra não acabar mais) em submarinos supersônicos é ele, e só ele, o senhor Lulala. O investimento é na altura da expectativa de lucro com a preciosa camada pré-sal que, não custa nada lembrar, é uma fonte limitada (por mais que o limite seja, aparentemente, inexistente).
Como seria o Brasil se o presidente tivesse essa expectativa toda no futuro das crianças? Ou na saúde brasileira? Como seria se os poderosos não só falassem, mas realmente vissem o lucro que daria cuidar dos serviços de base. Se tratassem a população brasileira à altura da potencialidade que ela tem... Continuamos tirando do foco as discussões que realmente importam. Sendo assim, nada mais coerente que um escândalo ofuscando o outro. Battisti fica ou não? Nelsinho bateu de propósito ou não? O Sarney sai ou não? A Maya vai terminar com o Raj ou não? Chega de personificar demônios! Precisamos ser a mudança que esperamos. De verdade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Prorrogação

Hoje o dia foi corrido e só agora, ás sete da noite, consegui sentar em frente ao pc para escrever algo...mas, por completa idiotice minha é a segunda vez que escrevo este texto...a primeira eu fiz o favor de apagar sem querer...apertei sem querer o botão “fn”, nunca soube de sua existência, até agora!!! uahuhuahu
Procurei no google para ver se era possível resgatá-lo...mas não é... maldita tecla....
A seleção Canarinho tá com tudo!!! Já a Argentina só Jesus salva...Dieguito nesse momento não é mais o Deus argentino!
Não vou falar dos clubes cariocas, porque hoje não tenho nada a declarar, já não tenho nada a declarar sobre eles a um bom tempo.
Então vamos começar com notícia boa! A seleção da Argentina depois de perder para o Brasil por 3x1, foi derrotada pelos Paraguaios por 1x0. Com a vitória a seleção paraguaia se classificou para a Copa. Agora os Argentinos ocupam a quinta posição da tabela e corre o risco de ficar fora do Mundial, porque só faltam duas rodadas, por enquanto eles ainda vão para a repescagem...a seleção da Argentina está igual aos clubes cariocas, decepção atrás de decepção, ou segunda divisão para os hermanos.
Mas, para os brasileiros só alegria!!! Ontem em Salvador, a seleção brasileira venceu o Chile por 4x2 e Nilmar foi a sensação. O jogador marcou dois gols, e alguém ainda tem dúvida de que ele vai para a Copa? Espero que o Brasil faça bonito também no Mundial, pois, não adianta muita coisa, nadar, nadar e morrer na praia.
No vôlei de praia Juliana e Larissa estão a uma vitória do quarto título no Circuito Mundial. Hoje, a dupla venceu duas partidas na etapa de Barcelona, e só precisa derrotar as suecas Angelica Ljungquist e Karin Lundqvist amanhã para conquistar o caneco por antecipação.
O clima esquenta a cada dia na Fórmula 1. Desta vez, ou no capítulo de hoje saiu num site inglês "F1SA" um depoimento na íntegra do piloto Nelsinho Piquet à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre o caso do acidente deliberado do GP de Cingapura de 2008. O brasileiro admite ter batido o carro de propósito a pedido do diretor da equipe Renault Flávio Briatore. Cadê a segurança?!?!? Se tudo desse errado ele poderia ter morrido, não!?!? Depois da declaração de Nelsinho, o chefe da equipe, Briatore, disse que vai processar o piloto e que suas afirmações não são tão confiáveis assim. Essa história ainda vai dar muito pano pra manga. Uuahuahhuh

Bom, gente foi isso...tö de volta quinta que vem...um pouco mais culta, pois, aprendi a função do “fn” e gente não utilize essa tecla ela pode provocar danos a sua saúde mental.
A minha está um pouco abalada!!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Falando Sério

Mais uma semana já passou e voltou a minha vez de escrever. Nenhum assunto me chamou atenção exacerbada nos últimos dias. Os jornais estão repletos de mais do mesmo: “sociedade civil pede saída de Sarney”, “vacina para gripe suína”, “professores em greve”, “Lula assina contrato com a França”, “empresa brasileira assina contrato com empresa francesa”, e “fim da novela das oito”.
Confesso que estou um noveleiro de plantão. Corro da faculdade para casa para assistir “Caminho das Índias”. Confesso também que a novela não traz nada de útil para minha vida. Mas f***-se. Passo muito tempo estudando e meu cérebro precisa de um pouco de descanso.
Na verdade, escrevo esse post para falar de coisa nenhuma. Afinal, hoje é 09/09/09 e me sinto muito bem. Nada tem me incomodado no dia de hoje. Mais uma semana que se passa rumo ao fim de ano. E ponto.
Para que falar das sucessivas chuvas em São Paulo. A chuva vai continuar e ninguém vai agir para limpar os bueiros, e nem as pessoas vão parar de jogar lixo nas ruas e não irá se encontrar um meio de escoar a água da chuva. Pessoas morrem e se declara estado de emergência. A chuva vai acabar e nada vai ser feito depois. – Meu luto pelas vítimas de hoje, de ontem e de amanhã.
Afinal, o poeta já dizia que o Brasil é o país do futuro. E deixamos tudo para o futuro mesmo. Para que fazer hoje se eu posso fazer amanhã?
No fim do horizonte, uma luz no fim do túnel: Marina Silva saiu do PT e dizem as rodas de conversas políticas que o PV pretende lançá-la como candidata à presidência. Serra está estagnado nos 40%, Dilma nos 20% (segundo uma matéria que li, essa é a porcentagem de votos do candidato que Lula indicar). Ainda existem 40% de votos por aí. Quem sabe um novo Brasil não é possível? E deixemos de ser o país do futuro para ser o país de hoje?
Fico só na esperança.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Arteculando

Queridos leitores,
Como disse ha algumas semanas, ontem fez um ano que minha avó faleceu.
Foi um dia muito triste, na verdade, tenho estado muito sensível a tudo:
Um olhar...
Uma fala...
Uma lembrança...
Um vento mais forte...
Tudo me faz lembrar-la!
Não consegui nem ver o filme/desenho UP, pois a velinha morre no início do filme.
Passou muito rápido.
Muito.
Fui levar flores, acender uma vela... cantei, rezei, chorei.
Depois, quando sai do trabalho (sim, não sou mais um 'vagabundo') encontrei com Matheus no caminho e fomos para a missa, chegamos no final.
Apenas meu avô, meu tio, meu pai e minha mãe foram...
Fui pra casa e depois que todos já estavam dormindo, chorei mais... dormi.
Sonhei com ela.
Na verdade aconteceu alguns meses antes dela partir, mas me trouxe em sonho para não esquecer de como foi...

Tinha ido numa festa no Rio que só acabou de manhã, cheguei em casa as 09h de sábado. Ela já tinha levantado, tomado café e estava ao lado do telefone sentada no sofá (onde eu dormia), estava fazendo palavras cruzadas, a televisão ligada (como de costume).
"Arrumei sua cama pensando que voltava cedo"
"A peça acabou tarde e dormi na casa de Elis" (menti).
Deitei no seu colo.
"Quer que eu faça um chá? Parece cansado... ou vai tomar café? É bom para ressaca."
Ela me conhecia, sabia que tinha passado a noite em claro, que tinha bebido, apesar do efeito já ter passado ha tempos...
"Não vó, brigado. Só preciso de um cochilo, tô com sono." Ainda estava deitado no seu colo.
"Não dormiu bem na casa de Elis?" Ela me conhecia.
Olhei pra cima, me deu um sorriso e olhou docemente por cima dos seus fundos óculos. Fechou a revista com a caneta marcando em qual página tinha parado, pôs na mesinha do telefone e ficou mexendo no meu cabelo.
"Está na hora de cortar esse cabelo!" Nem estava tão grande, mas para ela, cabelo de homem é 'cabelo militar'...
Peguei sua mão, beijei e apertei contra meu peito. Fiquei acariciando a palma, ela fechou os dedos, não gostava porque fazia cócegas. Então virei e fiquei mexendo na pele enrugada do dorso da mão... Adormeci.

Acordei hoje em paz, não vou prometer que não vou mais chorar, mas por hora, a recordação me basta!

Música que me faz lembrá-la: Aonde Quer Que Eu Vá do Capital Inicial

Olhos fechados
Prá te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá...

Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
E aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá...

Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta prá mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar...


Espero que tenham gostado, bjs e téterça!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Conversa Fiada

"Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar. Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar e não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar e nem deixou-a só num canto. Pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar"


Quantos artistas entoam baladas para suas amadas, com grandes orquestras. Como os invejo; como os admiro. Eu, que te vejo e nem quase respiro, queria poder fazer como eles - exaltar-lhe a beleza nos mínimos detalhes. Nos olhos azuis, no sorriso assanhado. Na destreza dos atos, nos carinhos e afagos.
Mas não, não é de Cecília que vos falo. Não da minha Cecília, que olho, que guardo, que sigo e que - com imensa ternura - vejo dormir ao meu lado.
Essa, que põe meu coração a balançar, é aquela mulher que nem eu mesmo sei por que ficou comigo. Que me mata de rir e me fala de amor e que quando jaz o dia e toma forma a madrugada, geme de prazer e de pavor.
Com outros homens, ela só me diz que sempre se exibiu e até fingiu sentir prazer. Mas nunca soube antes de mim que o amor vai longe assim. Ela vem, molha meu colo e me pede o meu consolo. Não sei que feitiço tem aquela mulher que quando já é de madugada, ao meu ouvido sussurra: "acorda, acorda, acorda".
Mas porque falar de amor em hora assim tão avançada? Não vês que agora já não vale nada? E fui-me embora ao encontro de Cecília que, deitada, por entre os lençóis deixava ver as mais sinuosas curvas de seu corpo macio.
Corri os olhos pelo quarto e, através da porta entreaberta do armário, estava lá meu paletó enlaçando o seu vestido decotado que já cheira a guardado de tanto esperar.
Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz. Deixei a fatia mais doce da vida, o gingado de Cecília que sempre me fez feliz. Hoje a gente anda distante do calor desse gingado. Deus do céu, o que foi que eu fiz de errado?
Pensei em fugir e deixar Cecília apenas com as doces lembranças de quando fomos felizes. Mas como, se nos amamos feito dois pagãos? Seus seios ainda estão nas minhas mãos. Com que cara eu vou sair?
Sentei-me, então, na beirada da cama e, ao admirar Cecília, lembrei-me de todos os beijos loucos e dos gritos roucos que já não se ouvem mais e percebi que, enfim, nosso amor também pode ter seu valor - há de ter seu valor. Seremos felizes novamente.
E ainda sentado ali, acompanhando sua respiração, olhei-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar e, mesmo dormindo em seu pijama, para mim, ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar.
Nos imaginei dançando uma valsinha, cheios de ternura e graça e trocando novamente beijos loucos e aqueles gritos roucos como não se ouvia mais.


P.S.: Como não produzi nada novo para esta semana, posto um texto antigo, feito com fragmentos de canções do Chico Buarque.


--> Músicas da semana: Valsinha
_________________Eu te amo
_________________Cecília
_________________Aquela mulher
_________________A ostra e o vento - Chico Buarque
_________________Joana francesa
_________________Quem te viu quem te vê
_________________Amor barato
_________________Vida


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Calabresa Neles!

Oh! A primavera! Linda época do ano! Pela manhã, quando pego o ônibus para o trabalho, vejo pessoas felizes e de caras amassadas praticamente penduradas pelas janelas, rezando para não ter nada fora do normal na ponte. Satisfeitas por terem um emprego e visivelmente bem dispostas depois de uma noite de sono bem dormida, cheias de palavras doces para trocar com os amiguinhos.
Oh! O calor! Cigarras cantando no entardecer, bichinhos voando ao redor das lâmpadas no começo da noite, suor no rosto, mais um dia terminou.
Tudo seria perfeito! Se não fosse o despertador que tocou cinco minutos antes, ou a batidinha na ponte que custou horas de engarrafamento. Se ao menos não tivesse tanta gente no ônibus... e se o motorista fosse um pouquinho mais delicado com o freio... o nascer do sol poderia ser um momento mágico! Tudo seria perfeito! Se as pessoas olhassem para o lado ao invés de tropeçar uns nos outros como bois em debandada... se nossos olhos não tivessem se acostumado a ver pessoas dormindo pelo caminho... o passeio de barca seria divertido. Tudo seria perfeito!

Mas, não é...


Ao longo do dia, sempre ótimas notícias!
Agora podemos ter o prazer de ver o horário eleitoral!
Assistir Ciro Gomes tirar o terno e tomar café com dona Mariquinha, uma das tantas almas salvas pelos programas sociais do governo, não tem preço!
Garotinho?? EU não sabia que esse cara tinha feito TANTO! Tanta roubalheira, tanto nepotismo, tanta greve de fome.
Segundo uma pesquisa da revista “Forbes” o Rio é a cidade mais FELIZ do mundo!
O carnaval foi o motivo citado pela maioria dos entrevistados, cerca de dez mil pessoas de 20 países. A festa mais gringa de todas as festas populares no Brasil, ainda leva uma ótima imagem das bundas, peitos e pouca roupa das mulheres brasileiras para a fama mundial e status de felicidade!
Pelada?? Nãaao! Está de fantasia! Caríssima ainda por cima!
Em contrapartida, o guia que chamava as popozudas de maquinas de sexo é proibido e retirado de circulação por promover o turismo sexual. Realmente! Tudo faz sentido.
Nada mais justo que retomar a CPMF! O dinheiro para a Saúde não pode sair do bolso dos políticos, afinal...
E nosso querido Collor ficou imortalizado como o mais novo membro da Academia Alagoana de Letras. Quase ninguém conhece os livros dele, mas espero que seja uma obra detalhada de como roubar um país inteiro e ser punido com um cargo público cheio de privilégios, benefícios e poderes. Aguardamos as obras de Renan Calheiros e Sarney. O Palocci já foi para o grupo dos ininvestigáveis! Falta de indícios? Eles podiam pelo menos disfarçar e absolver depois de um pouquinho de investigação maquiada, mas nãaaao.
Cadê o resto dos cartões vermelhos?? Cadê o resto da renúncias irrevogáveis até o dia seguinte?? Me recolho a minha insignificância, com meu cartão branco da passividade e me junto a boiada a caminho do trabalho. Tomara que a gripe suína não consiga me encontrar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Prorrogação

Crise, crise, crise!!! Goianos sem-noção!!! Finalmente se ouve falar em futebol feminino no Brasil...
A macaca tá solta no Fluminense. Como se não bastasse o time Tricolor está na lanterna do Brasileirão, ontem, todos os dirigentes do clube carioca, a pedido do presidente Roberto Horcades, colocaram os cargos à disposição. O vice-presidente de futebol Tote Menezes foi mais a fundo e entregou o cargo. Ele será substituido por Ricardo Tenório. Sem falar que no inicio da semana o técnico Renato Gaúcho foi demitido e para ocupar o seu lugar a desinstabilizada diretoria do Fluminense contratou o técnico Cuca, ele não trará muita esperança já que o Tricolor já está no fim do poço.

No Vasco, o atacante Alan Kardeck foi emprestado para o Internacional até maio de 2010. Como havia mensionado acima, goianos sem-noção...o time do Atlético-GO convocou a torcida do Flamengo para ir ao estádio do Serra Dourada no próximo sábado. Com a campanha intitulada de "União Rubro-negra" o clube atleticano ofereceu meia entrada aos torcedores q forem ao estádio vestidos com a camisa Rubro-negra. Nação vascaína, vamos lotar o Serra Dourada e fazer de lá um caldeirão vascaíno como é São Januário.

Ontem o Botafogo entrou em campo pela Copa Sul-Americana. O time da Estrela solitária recheado por reservas ficou no empate de 0x0 com o Atlético-PR. É a sexta partida e o quinto empate desde que o técnico Estevam Soares assumiu a equipe.

Anota aí quem pega quem na próxima rodada do brasileirão: no sábado o Botafogo pega o Sporte, às 18:30h...já o Flamengo joga contra o Atlético-PR, às 16h e o Fluminense enfrenta o Nautico, às 18:30h. Pela série B o Vasco pega o Atlético-GO, sábado, às 16h, no Serra Dourada.

O Santos apresenta o novo elenco de jogadoras...sim jogadoras!!!Elas chegaram para disputar a Taça Libertadores, são elas as atacantes Cristiane, Érika, a meia Fran e a goleira Andréia Suntaque, todas medalhistas de prata nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. E a melhor do mundo Marta será apresentada dia 10 deste mês. Agora sim o futebol feminino está tendo visibilidade como sempre mereceu...que o peixe seja só primeiro de muitos clubes a valorizar o futebol feminino...

Neste sábado, às 21:30h a Seleção Brasileira enfrenta a Argentina, na cidade de Rosário. A partida é pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Se vencer, o Brasil pode garantir uma das quatro vagas sul-americanas com três rodadas de antecedência. Para isso precisa torcer para tropeços de Equador, que enfrenta a Colômbia fora de casa, e Uruguai, que joga contra o Peru, em Lima.

Giancarlo Fisichella na Ferrari !!! O italiano vai assumir a vaga do piloto brasileiro Felipe Massa, até o final do ano. Já que o também italiano Luca Badoer quem ocupava a posição, foi muito mal nos GPs da Europa, em Valência, e da Bélgica. Fisichella estava na Force india que agora procura um substitudo.

Bom, galera foi isso e até quinta...nação vascaína, vamo que vamo!!! "União Rubro-negra é o cacete!!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Falando Sério

“Pra não dizer que não falei das flores”, nem que deixei de falar. Hoje não estou muito afim de discursar sobre assuntos do cotidiano que refletem no jornal.
Gostaria muito de falar do mais do mesmo do domingo a tarde na TV. Só havendo a inversão do canal. Gostaria de escrever um conto, uma crônica um artigo. Porém, nem tudo é tão fácil e simples quanto parece. Vale mais sentar e tentar falar um pouco do dia a dia, transformando um blog sério em um diário pessoal.
“Querido diário,
Hoje acordei 1h30 atrasado. Me vesti correndo, peguei o ônibus e fui trabalhar. Antes de subir para minha sala passei em um caixa eletrônico e descobri que dos R$ 1.024,00 que eu tinha que receber foram depositados apenas R$ 496,00.
Pensei: Me fudi! Tirando tudo que eu tenho para pagar, fica apenas R$ 10,00 para subexistir até o início do mês que vem ou até que o problema seja resolvido. Acho que irei cair no especial de novo.
Discuti, esperneei e depois de falar com uns três ramais diferentes, a solução: nada resolvido. Esperei minha chefa chegar e reclamei. Até o presente momento, nada resolvido. Tudo bem. Respirei fundo para não esmurrar ninguém e não pedir demissão.
Milagrosamente, minha outra chefa leu uma notícia sobre uma suposta nova santa e resolveu discutir. Eu acredito em santos. Não estava de bom humor e discuti mais um pouco. Estresse 1000x0.
Li uma entrevista muito boa de um professor da Universidade de Bolonha, o penalista Massimo Pavarini. Reproduzo um trecho:
‘FOLHA – Há teóricos que dizem que nos EUA as prisões se converteram em um sistema de controle social.
PAVARINI – (...) O setor carcerário nos EUA é quase tão forte quanto as fábricas de armas. Muitas prisões são privadas. É um bom negócio. (...)’
Decidi abrir uma prisão.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Arteculando

Acabou!

"Eu nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual eu já estou imune. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doces, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido, desconfiado. Não quero descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para que, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois – essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. E repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.
Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes
Adeus!”.
=> Autor desconhecido

Espero que tenham gostado, bjs e téterça.