quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Falando Sério

“Pra não dizer que não falei das flores”, nem que deixei de falar. Hoje não estou muito afim de discursar sobre assuntos do cotidiano que refletem no jornal.
Gostaria muito de falar do mais do mesmo do domingo a tarde na TV. Só havendo a inversão do canal. Gostaria de escrever um conto, uma crônica um artigo. Porém, nem tudo é tão fácil e simples quanto parece. Vale mais sentar e tentar falar um pouco do dia a dia, transformando um blog sério em um diário pessoal.
“Querido diário,
Hoje acordei 1h30 atrasado. Me vesti correndo, peguei o ônibus e fui trabalhar. Antes de subir para minha sala passei em um caixa eletrônico e descobri que dos R$ 1.024,00 que eu tinha que receber foram depositados apenas R$ 496,00.
Pensei: Me fudi! Tirando tudo que eu tenho para pagar, fica apenas R$ 10,00 para subexistir até o início do mês que vem ou até que o problema seja resolvido. Acho que irei cair no especial de novo.
Discuti, esperneei e depois de falar com uns três ramais diferentes, a solução: nada resolvido. Esperei minha chefa chegar e reclamei. Até o presente momento, nada resolvido. Tudo bem. Respirei fundo para não esmurrar ninguém e não pedir demissão.
Milagrosamente, minha outra chefa leu uma notícia sobre uma suposta nova santa e resolveu discutir. Eu acredito em santos. Não estava de bom humor e discuti mais um pouco. Estresse 1000x0.
Li uma entrevista muito boa de um professor da Universidade de Bolonha, o penalista Massimo Pavarini. Reproduzo um trecho:
‘FOLHA – Há teóricos que dizem que nos EUA as prisões se converteram em um sistema de controle social.
PAVARINI – (...) O setor carcerário nos EUA é quase tão forte quanto as fábricas de armas. Muitas prisões são privadas. É um bom negócio. (...)’
Decidi abrir uma prisão.

2 comentários:

Fiuzza? disse...

Posso ser o Delegado?

Lívia disse...

haha... me candidato a agente carcerária..... =P


bom texto.


saudade.